Produção segue em queda no campo

Publicado em 24/08/2011 08:50
A maioria das 2,2 mil famílias de Arroio do Tigre cultiva feijão, principalmente para o consumo próprio. No entanto, comercialmente as plantações estão perdendo força. Conforme o secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente, João Alberto Biancini, no passado 60% das famílias rurais faziam do cultivo de feijão uma atividade rentável. “As lavouras eram a segunda principal fonte de renda, ficando atrás apenas do tabaco.” Ele recorda de épocas em que a saca do grão valia até um salário mínimo. “A remuneração era fantástica.”

Com o baixo preço ofertado pelo produto, a realidade vem mudando ao longo dos anos. Sem rentabilidade, os produtores estão deixando de plantar. O município já teve 7 mil hectares destinados ao feijão-preto. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esse número caiu para apenas 1 mil na última safra convencional. Na safrinha, que se estendeu de janeiro a maio, foram apenas 400 hectares. Em busca de maiores ganhos, muitos migraram para a fumicultura. Em cinco anos, a área cultivada com tabaco cresceu mais de 80%, passando de 4 mil para 7,5 mil hectares na safra passada.

Biancini ressalta que as lavouras de feijão devem diminuir ainda mais em Arroio do Tigre. “Acredito que não serão plantados mais do que 800 hectares.” Para ele, a redução de 10% no preço mínimo é mais um desestímulo para as famílias produtoras. “O mercado traz insegurança e está de portas fechadas”, destaca. Os agricultores que possuem mais estrutura estão apostando na plantação de soja. Além disso, Secretaria de Agricultura, Emater-RS/Ascar e Sindicato dos Trabalhadores Rurais  incentivam a ampliação de outras opções produtivas, como o incremento da bacia leiteira.

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Fonte:
Gazeta do Sul

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