Produtores e pesquisadores debatem o cultivo do arroz em MT
Na safra 2010/2011, Mato Grosso produziu 648 toneladas de arroz de terras altas, numa área de 204 mil hectares, com uma produtividade de 3,182 quilos/hectare. Maria Luiza comenta que o projeto de desenvolvimento de tecnologia para a cadeia produtiva do arroz iniciado em 2010, já apresenta bons resultados com a difusão de novas cultivares de arroz. Nessa safra houve redução da área plantada, mas a produtividade aumentou com melhoria na qualidade dos grãos e redução no custo de produção. “Para alcançar sucesso nessa empreitada é necessário que haja tecnologias, inovações e sistemas de produção adequados, diálogo, capacitação, treinamento de técnicos que atuam na cadeia produtiva”, esclarece a pesquisadora.
O projeto de pesquisa está trabalhando na qualidade do arroz produzido e que atentam às normas do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), com a produção de grãos tipo 1, considerado o melhor arroz para mesa. Novas variedades mais produtivas são desenvolvidas no campo experimental da Empaer, no município de Sinop, com material genético resistente à praga, doença e baixa fertilidade do solo. Villar explica que a intenção é diminuir a ociosidade das instalações das indústrias arrozeiras e aprimorar os sistemas de produção com uso de inovações e capacitação dos produtores.
O trabalho é uma parceria com o Sindicato das Indústrias da Alimentação da região Sul do Mato Grosso (Siar-Sul/Sindarroz), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), produtores de sementes de arroz e outros. O projeto tem como proposta estruturar uma rede de transferência de tecnologia em âmbito nacional implantando a Rede Brasil Arroz.
Durante o seminário os palestrantes vão abordar os seguintes temas: orizicultura e agricultura familiar em Mato Grosso, nova realidade do arroz no Estado, conquistas, ameaças e desafios da indústria arrozeira, qualidade do arroz em comparação com safras anteriores, instalação e cultivo do arroz de Terras Altas em áreas velhas sob sistema de plantio direto, rotação arroz e soja, uso do arroz na safrinha e na reforma de pastagens. E na reunião da comissão técnica apresentam a cadeia produtiva do arroz: um enfoque agroindustrial, comportamento da produção do arroz em Rondônia e desenvolvimento de cultivares, manejo e outros.
Conforme Maria Luiza, a finalidade é mostrar aos participantes a evolução da cultura no Estado, o trabalho de pesquisa em execução, conferir os problemas enfrentados pelos produtores, empresários e outros. ”Estamos trabalhando para garantir que o arroz seja oferecido ao consumidor com características do produto exigido pelo Mapa, apresentando boa qualidade e sabor,” esclarece à coordenadora.