Irrigação contribui para ampliação da produtividade do maracujá

Publicado em 27/03/2015 13:07

“Quem quiser plantar maracujá tem que pensar primeiro em irrigação”, afirma o produtor Osmar Rocha, da localidade de Faxinal, em Torres. Rocha chegou a esta constatação quando passou a plantar a fruta da variedade amarelo azedo, além de tabaco, há sete anos. Segundo ele, a primeira safra, de 1670 pés, foi ótima, mas já no segundo ano ele teve que irrigar o pomar para não ter um rendimento baixo.Fotos: Carine Massierer - Emater/RS-Ascar 

Há mais de três anos, o agricultor deixou o cultivo de fumo e, atualmente, a família se sustenta com a renda do maracujá. Atualmente, eles têm 3.400 pés plantados e a colheita é toda vendida para uma empresa de São Paulo. “Eu fui aumentando porque estava dando resultado. Estou abrindo a propriedade para que as pessoas vejam que a irrigação é o primeiro passo para se ter um bom resultado”, esclarece.

A área de plantio de maracujá da família Rocha foi visitada por mais de 150 pessoas na quinta-feira (26/03), durante o Dia de Campo Maracujá: Irrigação e Cultivo, promovido pela Emater/RS-Ascar, em parceria com a Prefeitura de Torres. A visitação ocorreu na parte da tarde, mas o evento teve início pela manhã, no salão do Sindicato dos Municipários de Torres/Centro de Professores Municipais de Torres (SIMTO/CEPEMTO).

Pela manhã os participantes foram recebidos na sede do SIMTO/CEPEMTO, para fazer o cadastramento e degustar cucas, bolos, pães e suco à base de maracujá.

A abertura oficial contou com a participação da prefeita, Nilvia Pereira Pinto, do vice-prefeito, Ildefonso Brocca, do gerente da Emater/RS-Ascar em Porto Alegre, Ademir Santin, do secretário municipal de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca, José Vanderlei Brocca, do chefe do escritório municipal da Emater/RS-Ascar, Jânio Rodrigues Pintos, e do presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, José Carlos de Matos. “É muito bom que o maracujá tenha entrado como uma das culturas que contribui para a diversificação, porque temos a preocupação de gerar renda e mantermos nossos jovens no meio rural”, destacou. A prefeita também aproveitou a oportunidade para lançar o projeto Maracujá Para Sempre.

Já Santin agradeceu ao apoio do poder público municipal e o fato de a administração atual valorizar a agricultura e os agricultores. Ressaltou ainda a contribuição da Emater/RS-Ascar para a retomada do cultivo de maracujá em Torres há seis anos, o que vem resultando na ampliação de área e do número de produtores. Atualmente, 73 produtores se dedicam à cultura, numa área de 120 hectares, obtendo uma produtividade média de 21 toneladas/hectare. Torres deve produzir, nesta safra, mais de 2.500 toneladas da fruta.

Na sequência o pesquisador da Epagri de Santa Catarina Luiz Augusto Martins Peruch falou sobre fitossanidade relacionada à cultura do maracujá. Ele apontou todas as doenças fúngicas e bacterianas, suas características, as causas, os efeitos e tratamentos adequados, e salientou que os produtores devem cuidar muito com a procedência das mudas para que não se introduzam doenças na região. Destacou ainda que para controlar as doenças é preciso limpar o pomar (folhas e ramos), fazer análise de solo para posterior adubação equilibrada, pulverizar cloreto de cálcio a 2%, construir quebra-ventos e aplicar fungicidas.

Na parte da tarde, os participantes foram divididos em grupos e se deslocaram para a propriedade de Osmar Rocha. No local, foram repassadas informações sobre armazenamento e bombeamento de água, sistemas de irrigação em maracujá, classificação e mercado, produção orgânica e aproveitamento integral da fruta para elaboração de receitas.

Alenir e Gisele Farias implantaram um pomar de maracujá há um ano e resolveram participar do Dia de Campo para aprimorar a sua produção. “Eu já tenho irrigação em outros cultivos, mas não sabia bem como fazer no maracujá, então nós viemos ver isto. Eu achei as explicações muito boas”, avalia Alenir Feliciano.

Do total de maracujás produzidos em Torres, 20% da produção ficam no Rio Grande do Sul, e os 80% restantes são vendidos para SP, RJ, MG e ES.

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Emater - RS

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