Hortifruti: Renda x Consumo de HF

Publicado em 06/10/2020 13:50

Com os impactos da pandemia de covid-19 no cenário econômico brasileiro, é importante se atentar a um detalhe: a queda da renda do consumidor também reduz a procura por alimentos não essenciais. Dessa forma, os reflexos de um menor poder de compra da população são diferentes sobre cada um dos HFs. Na edição de setembro, a revista Hortifruti Brasil dividiu os hortifrutícolas em três grupos (com alto, médio e baixo impactos), tendo-se como critério o quanto o consumo de cada fruta ou hortaliça é influenciado pela variação da renda.

Produtos essenciais, com poucos substitutos diretos e de baixo peso no orçamento, tendem a ter menos impacto com a queda da renda. Encaixam-se neste grupo a cebola e a batata. Por outro lado, frutas mais caras, como a uva, melão, manga e mamão, que pesam mais sobre o orçamento familiar e com vários substitutos próximos, tendem a ter redução quase que proporcional à queda da renda.

Um reflexo intermediário é observado para as frutas consideradas mais comuns ao consumidor, como banana, laranja, maçã e melancia, e também tomate, cenoura e alface. A ideia inversa também é verdadeira: um aumento da renda eleva a procura por frutas de alto valor.

Apesar da queda na renda, é preciso considerar que as pesquisas mostram certa consciência de comportamentos mais saudáveis está relacionada à ingestão regular de frutas e hortaliças, tendência que pode se manter após a quarentena.

Fonte: Cepea/Hortifruti

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Batata/Cepea: Atacado registra alta pela terceira semana seguida
Brasil alcança 3º lugar mundial em produtividade de amendoim com 3,8 toneladas por hectare
Citros/Cepea: Subprodutos citrícolas têm alívio tarifário
Cebola/Cepea: A crise no setor da cebola em 2025 tem nome: clima favorável e produtividade elevada
HORTI RESENHA #125 - A importância do setor de FFLVs para o varejo
Mamão/Cepea: Qualidade segue como desafio, mas rentabilidade fecha no azul no ES