Índice CEAGESP variou 2,42% em setembro
O índice de preços CEAGESP encerrou o mês de setembro com variação de 2,42% ante uma variação de -0,55% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o índice apresentou variação de 2,72%. Com o resultado obtido, o índice encerrou o período apresentando um acumulado de -2,47% no ano e de 11,15% em 12 meses.
Neste contexto, o destaque ficou com o setor de Verduras, que mesmo diante das altas temperaturas e o clima seco encerrou o período registrando reduções de preço. O setor já vem acumulando, desde maio, sucessivas variações negativas de preço. Entre os setores analisados, este é o que acumula as maiores reduções de preço no ano e em 12 meses.
Setorização
O setor de FRUTAS variou 4,50% ante uma variação de 3,40% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de 5,82%. Com o resultado obtido, o setor encerrou o mês com um acumulado de 4,62% no ano e de 14,66% em 12 meses. Dos 48 itens cotados nesta cesta de produtos, 56% apresentaram alta de preço. As principais altas ocorreram nos preços de MARACUJÁ AZEDO (+62,20%), LIMÃO TAITI (+57,69%), LARANJA LIMA (+25,01%), MELÃO AMARELO (+19,96%) e LARANJA PERA (+15,94%). As principais reduções ocorreram nos preços de MAMÃO HAVAÍ (-33,03%), MANGA TOMMY ATKINS (-30,44%), MORANGO COMUM (-20,07%), MAMÃO FORMOSA (-14,56%) e GOIABA VERMELHA (-5,93%).
As altas temperaturas e as chuvas escassas têm prejudicado a produção e a qualidade dos citros. No caso da laranja, a produção deste item já vinha enfrentando dificuldades devido à expansão do greening nas regiões produtoras, principalmente no interior paulista. Os agentes de mercado relatam que muitos produtores estão migrando para outras regiões, o que acaba comprometendo a oferta de curto e de médio prazo. Outro fator importante a ser destacado são as compras que a indústria tem feito da laranja “de mesa” para atender à demanda de sucos para exportação. Todos esses fatores contribuem para que os preços da laranja sigam em alta no mercado atacadista. No Entreposto Terminal São Paulo (ETSP), a laranja lima encerrou o mês ao preço médio de R$ 4,97/kg enquanto que a variedade pera foi cotada a R$ 3,91/kg.
Já para o limão taiti, além da questão climática, este é um produto que está no período de entressafra. Segundo o Mapa de Sazonalidade publicado pela CEAGESP, o período de sazonalidade do produto é entre os meses de maio a outubro. Portanto, a tendência é de que os preços continuem em alta no mercado atacadista.
O setor de LEGUMES variou 1,58% ante uma variação de -0,74% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de -2,48%. Com o resultado obtido, o setor encerrou o mês com um acumulado de -14,20% no ano e de 0,24% em 12 meses. Dos 32 itens cotados nesta cesta de produtos, 63% apresentaram alta de preço. As principais altas ocorreram nos preços de INHAME (+48,54%), JILÓ (+46,09%), PIMENTÃO VERDE (+38,03%), PEPINO JAPONÊS (+35,39%) e PEPINO COMUM (+30,70%). As principais reduções ocorreram nos preços de PIMENTÃO VERMELHO (-32,63%), VAGEM MACARRÃO (-27,10%), PIMENTÃO AMARELO (-26,67%), ABOBRINHA BRASILEIRA (-24,74%) e ABOBRINHA ITALIANA (-20,22%).
A redução no volume de oferta estimulou a alta de preço nos legumes. O jiló e os pepinos japonês e comum estão entre os que apresentaram as maiores reduções de volume ofertado. Na comparação anual, o jiló registrou uma redução no volume de oferta de 12,4% e 22,9% de redução mensal. Os pepinos, por sua vez, registraram reduções de oferta de 15,2% e 9,1% no ano enquanto que as reduções mensais foram de 6,3% e 4,4%, respectivamente. O clima quente e seco do período prejudicou a produção e a qualidade dessas hortaliças.
O setor de VERDURAS variou -8,74% ante uma variação de -6,44% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de -4,44%. Com o resultado obtido, o setor encerrou o mês com um acumulado de -32,25% no ano e de -6,12% em 12 meses. Dos 39 itens cotados nesta cesta de produtos, 85% apresentaram redução de preço. As principais reduções ocorreram nos preços de ALMEIRÃO COMUM (-32,76%), COUVE-FLOR (-27,64%), REPOLHO VERDE/LISO (-22,00%), ESCAROLA COMUM (-20,63%) e BRÓCOLIS RAMOSO (-20,18%). As principais altas ocorreram nos preços de SALSA (+29,06%), MANJERICÃO (+8,08%), LOURO (+4,41%), MILHO VERDE (+2,83%) e NABO (+1,40%).
Apesar das altas temperaturas registradas no período, o setor de Verduras apresentou dificuldades na comercialização dos produtos. Nem mesmo a redução na oferta de brócolis ramoso (-47,1%), escarola (-9,9%), almeirão comum (-5,3%) e repolho verde (-2,3%) foi capaz de elevar os preços dessas hortaliças folhosas. No mercado atacadista, o brócolis ramoso encerrou o período cotado a R$ 4,05/maço, enquanto a escarola fechou a R$ 0,86/unidade. Já para o almeirão comum e o repolho verde, os preços médios no atacado foram de R$ 1,54/unidade e R$ 1,25/cabeça, respectivamente.
O setor de DIVERSOS variou -4,16% ante uma variação de -18,02% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de -3,44%. Com o resultado obtido, o setor encerrou o mês com um acumulado de -4,42% no ano e de 29,79% em 12 meses. Dos 11 itens cotados nesta cesta de produtos, 73% apresentaram redução de preço. As principais reduções ocorreram nos preços de CEBOLA NACIONAL (-17,53%), OVOS DE CODORNA (-8,42%), BATATA ESCOVADA (-6,73%), BATATA ASTERIX (-5,72%) e OVOS BRANCOS (-5,55%). As principais altas ocorreram nos preços de COCO SECO (+10,63%), AMENDOIM COM PELE (+1,21%) e AMENDOIM SEM PELE (0,14%).
Mesmo com a redução na oferta de 1,1% da cebola nacional e de 4,4% da batata escovada, o mercado atacadista registrou redução no preço desses produtos. No ETSP, a cebola nacional foi cotada a R$ 2,73/kg, enquanto a batata escovada fechou a R$ 4,94/kg. Para as demais variedades de batata, os preços ficaram em R$ 4,92/kg para a Asterix e a lavada, em R$ 4,83/kg. Entretanto, as chuvas que atingiram a região Sul do país, mais próximas do fim do mês, podem trazer elevações de preços para estes produtos devido às restrições de oferta que poderão ocorrer.
O setor de PESCADOS variou 2,12% ante uma variação de -2,39% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de 4,30%. Com o resultado obtido, o setor encerrou o mês com um acumulado de -1,52% no ano e de -0,23% em 12 meses. Dos 28 itens cotados nesta cesta de produtos, 50% apresentaram alta de preço. As principais altas ocorreram nos preços de ABRÓTEA (+26,67%), POLVO (+21,29%), NAMORADO (+7,10%), PINTADO (+6,58%) e SALMÃO IMPORTADO (+6,41%). As principais reduções ocorreram nos preços de CURIMBA (-22,90%), SARDINHA LAGES (-16,47%), CAVALINHA (-16,31%), PESCADA MARIA-MOLE (-8,19%) e SARDINHA FRESCA (-7,53%).
O setor de Pescados apresentou um aumento na oferta em torno de 9,0% em comparação ao mês anterior, mas ainda assim não foi o suficiente para manter os preços do setor em patamares menores. A redução de oferta de espécies importantes e especializadas como robalo (-52%), tainha (-16%) e salmão (-11%), juntamente com o aumento da demanda devido ao incentivo de consumo de peixes na ‘Semana do Pescado’, que ocorreu entre os dias 01 e 15 de setembro, fizeram com que os preços do setor reagissem positivamente.
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