ABAM apóia workshop promovido pelo IAC
O Workshop que será realizado pelo IAC (Instituto Agronômico de Campinas), nos dias 9 e 10 deste mês (dezembro 2009), é visto pelo Presidente da ABAM, Antonio Donizetti Fadel, como uma importante oportunidade do setor produtivo colocar à mesa os problemas que enfrenta no seu dia a dia. Intitulado Os Desafios da Produtividade com Sustentabilidade na Cadeia Produtiva de Mandioca na Região Centro-Sul do Brasil (Estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina), o workshop pretende analisar as mudanças ocorridas ao longo dos anos no setor, e discutir uma agenda futura, principalmente para a área de pesquisa no Brasil.<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />
O encontro tem entre seus objetivos promover a integração de todas as instituições e pessoasvoltadas à produção agrícola de mandioca industrial na Região Centro-Sul. “Os convidados foram escolhidos no rol das pessoas que são do nosso conhecimento e que trabalham com mandioca industrial no complexo agroindustrial formado por esses Estados”, salienta a Pesquisadora do IAC, Teresa Losada Valle, responsável pela organização.
Teresa explica que o encontro se dará de maneira bastante informal, e se concentrará em discussões técnicas relacionadas à cultura da mandioca. Foram eleitos seis temas, considerados base da produção na Região Centro-Sul: desenvolvimento de novas variedades; controle fitossanitário; comercialização e rastreabilidade; sistemas de produção; e, mecanização da lavoura. “Faremos um breve histórico dos progressos obtidos em cada uma dessas áreas, para orientar as discussões, e uma agenda mínima de assuntos a serem trabalhados no futuro, focada nos problemas e necessidades atuais”, esclarece.
A agenda a ser extraída do encontro objetiva, de acordo com Teresa, servir de orientação para os interessados em produzir conhecimento para a cultura da mandioca. O que se pretende, explica, é que se estabeleçam diretrizes para que futuros trabalhos com mandioca venham a produzir conhecimento e tecnologia dentro das prioridades estabelecidas para o setor de comum acordo. “Acreditamos estar vivendo um momento peculiar para o setor, face à modernização da agricultura, à presença da cana de açúcar, e dos biocombustíveis. Isso nos traz questionamentos sobre o quanto progredimos e como estamos nos preparando em termos de tecnologia para enfrentar o futuro. Precisamos estabelecer diretrizes, e, para isso, é importante ouvirmos os integrantes do setor”, diz Teresa, ao justificar a iniciativa do IAC em provocar o encontro.
ABAM - A abertura do IAC ao setor produtivo para que opine e participe das discussões ligadas aos rumos da pesquisa no País entusiasma o Presidente da ABAM, que propôs aos associados organizar uma caravana de produtores e representantes de indústrias para participarem do evento. Um ônibus, locado em parceria entre a ABAM, Sindicato das Indústrias de Mandioca do Estado do Paraná e Sindicato Rural de Paranavaí (maior região produtora de raiz desse Estado), possibilitará a participação de produtores e agroindustriais no evento. “É importante que todos levem suas opiniões, relatórios, fotografias, e outros elementos que possam demonstrar os problemas que enfrentam, pois, assim, estarão contribuindo para a busca de soluções focadas nas suas necessidades”, pondera Fadel.
O Presidente da ABAM diz que a cadeia produtiva da mandioca passa por momentos muitos difíceis, provocados, entre outros aspectos, pela baixa produtividade das lavouras, e pelo ataque de pragas como a Cochonilha, a Bacteriose, que atingiu 90% das lavouras do Noroeste do Paraná, e também está ocorrendo em outras áreas de plantio. O constante acometimento de doenças da planta, somado às dificuldades de acesso a linhas de crédito para custeio agrícola, tem, na avaliação de Fadel, trazido desestímulo ao produtor de mandioca, que está se voltando para outras atividades agrícolas.
Ele adiciona aos problemas do setor a concorrência com o amido de milho, que é alternativo ao amido de mandioca em muitos segmentos industriais. “Com a baixa produção e produtividade da raiz, os preços da raiz sobem, empurrando pra cima o preço do amido de mandioca, o que leva à perda de mercados para o milho. Precisamos de maior atenção à pesquisa e desenvolvimento, com objetivo de buscarmos variedades mais produtivas e resistentes, sob risco de vermos nosso setor perder ainda mais mercado”, observa Fadel.
Jornalista responsável: Silvana Porto – Mtb 6.716 – Fones: 44 3422-6490 / 9965-5488
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