Retomada econômica não alivia rolagem de dívida de empresas agrícolas

Publicado em 09/04/2010 09:07 e atualizado em 09/04/2010 11:23
A recuperação econômica do primeiro trimestre ainda está longe de salvar as empresas agrícolas. Após a crise, que afundou em dívidas muitas delas, há casos graves que envolvem recuperação judicial, reestruturação e rolagem de dívida.

"O estoque de dívida é muito grande. Todo o setor sofreu, do produtor ao vendedor", afirma Pierre Moreau, do Moreau & Balera Advogados.

O Lefosse diz que, mesmo após o abrandamento da crise, continua sendo demandado para atuar em dívidas agrícolas. O escritório recebeu mandato de bancos para fazer a rolagem de R$ 1,5 bilhão em dívidas acumuladas por empresas do setor, principalmente nas áreas de açúcar, álcool e grãos. "Estamos atuando em repactuação de dívidas e estruturação de venda de ativos para liquidar créditos pendentes", diz o sócio José Eduardo Manassero.

O Demarest e Almeida Advogados trabalha hoje com estruturação de dívidas de empresas do setor que superam R$ 3 bilhões, segundo o sócio Antônio Aires. "A situação está mais tranquila que no ano passado, mas continua aparecendo trabalho de reestruturação ligado ao setor", diz Aires.

O principal fator para a rolagem de dívidas foi a queda da receita agrícola em 2009, de cerca de R$ 10 bilhões, segundo a RC Consultores. Para este ano, a consultoria estima ainda perda de receita de R$ 2 bilhões para os produtores de grãos.

"O baixo crescimento e os preços que não se recuperaram de forma mais sustentável levaram os produtores a essa situação de rolagem de dívidas", diz Fábio Silveira, sócio da RC.
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Fonte:
Folha de São Paulo

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