Programa quer atingir horticultores descapitalizados

Publicado em 07/06/2010 08:23
O Programa Paranaense de Certificação de Produtos Orgânicos tem seis núcleos ligados a universidades estaduais no Paraná. Lançado no final de 2009 em Londrina, o trabalho tem um coordenador e três profissionais de agronomia recém-formados para atender a região. ""O objetivo é conseguir a certificação principalmente para os pequenos produtores descapitalizados"", diz o coordenador Maurício Ursi, que é professor do curso de Agronomia da Univesidade Estadual de Londrina (UEL).

Ele explica que o órgão certificador é o próprio Tecpar, que é credenciado no Ministério da Agricultura com acreditação da Federação Internacional de Movimentos em Agricultura Orgânica (IFOAM). Os profissionais levam aos produtores as informações necessárias para que eles conquistem a certificação e todo o processo pode demorar em média três meses.

""Entre outras coisas, é preciso analisar as minas d"água, ver se há outorga de água para irrigação, se existem áreas de reserva"", enumera Ursi. ""Exige-se um plano de manejo, não pode usar nenhum tipo de agrotóxico e nem produto transgênico"", completa. Um dos pontos importantes são as barreiras (cercas vivas) para proteger as áreas de agrotóxicos de lavouras vizinhas. ""No Paraná isso é muito importante, pois há registro de uso abusivo de agrotóxico"", lembra o professor.

A etapa final é uma auditoria, feita por profissionais diferentes dos que dão assistência nas propriedades, para ver se a produção orgânica está em conformidade com a lei. O Tecpar conta com laboratório que faz análise dos alimentos. Os produtores recebem primeiro a certificação para a produção e, posteriormente, podem conquistar a certificação para o processamento dos itens.

Os recém-formados em Agronomia pela UEL, Mateus Gimenez Carvalho, Viviane Dutra e Aline Pissinati prestam assistência para os produtores da região de Londrina. Eles já fizeram um primeiro contato com 15 a 20 propriedades, mas nem todas já foram atendidas. Segundo Carvalho, o relacionamento com os produtores é positivo e a maioria aceita bem as orientações técnicas.

Na propriedade de Maria Palma, em Jaguapitã, por exemplo, foi detectada deficiência de fósforo no solo, cuja correção é feita com o uso de fosfato natural. Carvalho conta que algumas técnicas adotadas por produtores por conta própria são levadas em conta desde que mostrem eficácia e não tragam problemas. ""A dona Maria forra os canteiros com jornal para espantar os coelhos. Isso é uma coisa dela, e que garante dar certo"", observa.

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Fonte:
Folha de Londrina

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