Doença não identificada ameaça produção na terra do caqui
Nesta safra, segundo ele, alguns produtores já tiveram quebra de 100% por causa da doença. É uma situação preocupante porque a atividade está instalada em 90 hectares do município e envolve quase duzentos agricultores familiares, com uma produção média anual de 2 mil toneladas, o que torna Campina Grande do Sul o maior produtor de caqui mel do Paraná. “O pior é que não sabemos direito que doença é essa. Em princípio, parece uma variação mais severa do fungo da antracnose, mas nenhum controle conhecido tem dado resultado”, avaliou o técnico.
Em função disso, a Emater programou para julho um encontro com técnicos e pesquisadores do Iapar, Secretaria da Agricultura e do Abastecimento e da Universidade Federal do Paraná para desencadear um projeto urgente de pesquisa, com a finalidade de identificar a doença e estabelecer meios de controle. “Precisamos de um diagnóstico rápido para evitar o comprometimento desta cultura, que é tradicional e de grande importância econômica e social para a região”, alertou o técnico da Emater.
Doença com sintomas semelhantes teria aparecido há seis anos em plantações de caqui no norte do Paraná, derivando depois para regiões produtoras de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com efeitos dramáticos para os produtores. Até hoje, no entanto, não há definição sobre sua origem, características e, consequentemente, formas de controle eficientes. “Por isso, a mobilização da pesquisa e da Extensão Rural nesse projeto é um passo necessário e fundamental para salvar a produção e os produtores da região onde mais se cultiva o caqui no Paraná”, conclui o agrônomo da Emater.