CE: Preços de frutas e hortaliças em baixa com chuvas

Publicado em 28/02/2011 08:51
Maior oferta amparada na produção mais farta gera redução de preços. Se ocorrer excesso de chuvas, haverá carestia.
Com o início do período chuvoso logo em janeiro, mais da metade dos produtos comercializadas na Central de Abastecimento do Ceará S/A (Ceasa) foram afetados e, agora, registraram queda dos preços, de acordo com dados do balanço para o intervalo da última semana, entre 17 e 24 de fevereiro - período onde foi mais evidenciada a diferença entre os preços.

Das 27 frutas, 13 delas tiveram redução de, no mínimo, 18%. Das 32 hortaliças, 21 registraram queda.

Encabeçando a baixa entre as frutas esteve a acerola, que passou de R$ 2,80 para R$ 1,50, ou seja, 46,4% na redução do preço nos últimos sete dias.

Com todo o volume da fruta comercializado na Ceasa sendo originário da Grande Fortaleza e de Paraipaba, o chefe da divisão de informação de mercado da Ceasa, Odálio Girão, estima que o preço se mantenha em baixa enquanto a chuva permanecer como está, pois "a acerola é muito sensível às chuvas e, para não estragar, toda sua grande produção é direcionada de imediato ao mercado".

A banana prata (1ª e 2ª) é outra fruta que teve o preço estimado em baixa por Odálio, "até março". Ambas as qualidades do produto apontaram redução de 33,3%, custando agora R$ 10 (1ª) e R$ 6 (2ª). No entanto, a tendência é que os dois tipos de banana fiquem mais caras por conta ao intervalo de safra do bananal.

A goiaba também se destacou entre as frutas mais consumidas no Estado, com seu fornecimento vindo do Vale do Rio São Francisco, tendo reduzido de R$ 2,50 para R$ 2, o quilo.

Melancia (28,6%), mamão formosa (28,6), mamão havaí (25 %) e melão amarelo (20%) seguem comportamento semelhante ao da acerola no que diz respeito a precipitações, segundo Odálio.

"Enquanto chove razoavelmente muito, eles seguem direto para o mercado, pois os produtores não querem ter prejuízo", avalia e alerta: "mas se passar a chover muito, a tendência é o preço subir".

Dentre as frutas, apenas o coco seco grande (33,3%) - "por conta da grande demanda do mercado" - e a uva Itália (8,8%) registraram aumento na variação de preço entre o último dia 17 e ontem.

Hortaliças

Diferentemente do observado em janeiro deste ano, quando tiveram seus valores encarecidos por conta das chuvas, cebolinha e coentro registraram a queda mais evidente entre as hortaliças, ambos com baixa de 57,1%. Vendidos no molho, tiveram os preços (de iguais valores) reduzidos de R$ 0,35 para R$ 0,15, cada. E foi neste setor que o prato típico do cearense teve seu custo reduzido. Das hortaliças mais tradicionais e recorrentes à mesa no Estado, o maxixe e o quiabo registraram a maior baixa (48,6%), passando de R$ 3,50 para R$ 1,80, o quilo de cada um deles. Logo atrás, fecharam o prato típico local o jerimum caboclo (33,3%) passando de R$ 1,50 para R$ 1,30,o quilo; a macaxeira (25%), passando de R$ 65 para R$ 45, a saca com 60kg; e o feijão verde baixando 20%, de R$ 5 para R$ 4, o quilo.

Milho é o próximo

"Para completar, faltou só o milho verde que, logo logo, vai baixar também", estimou Odálio, a partir de previsões sobre a incidência de chuvas no Estado, as quais farão com que o preço do produto saia da estagnação atual (R$ 50, o cento). Apesar da maioria dos produtos em baixa, o jiló (53,8%) e as cebolas tipo pera (20%) e roxa(46,9%) subiram significativamente.

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Fonte:
Diário do Nordeste

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