Excesso de chuva destrói produção de hortigranjeiros no Rio Grande do Sul

Publicado em 29/07/2011 14:28
Com ajuda da Emater, agricultores fizeram avaliação técnica e levantamento das perdas nas lavouras.
Depois de atingir cerca de 101 mil pessoas em menos de 24 horas, na semana passada, a chuva traz danos também para a agricultura do Rio Grande do Sul. Moradores do Vale do Caí (RS) tiveram prejuízos nas plantações de verduras, legumes e frutas. Nas regiões dos vales Paranhana e Taquari, grande parte das lavouras já havia sido colhida. Ainda sem todos os dados contabilizados, pelo menos R$ 12 milhões já foram perdidos.

Representante da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) em São Sebastião do Caí (RS), Vilson Rech ajuda os agricultores a recomeçar. Segundo ele, a cidade ficou debaixo d’água depois que o Rio Caí transbordou. Por isso, no mínimo, 5,2 toneladas de hortigranjeiros foram destruídas com a inundação nas plantações.

– Laranja, bergamota, limão, verdura e até mesmo flores, praticamente tudo foi perdido. Mais de R$ 5 milhões foram levados pela água. São culturas anuais, será preciso replantar tudo. E, com isso, o custo aumenta para o produtor e na prateleira do supermercado – diz Rech.

Situação semelhante ocorre em Bom Princípio (RS). Segundo o secretário de Agricultura, Luiz André Steffen, hortigranjeiros, pêssegos e morango, principal produto do município, foram danificados ou destruídos. Os prejuízos ultrapassam R$ 7 milhões.

– Perdi 20% dos meus morangos. Por sorte, fazia pouco tempo que eu havia plantado, mas as alfaces não resistiram – diz o agricultor Sérgio Silva, temeroso, sem saber como poderá se reerguer.

Sob os efeitos do excesso de chuva, os agricultores, com ajuda da Emater, fizeram avaliação técnica e levantamento das perdas nas lavouras. Mesmo após elaborar um laudo para a Defesa Civil, os produtores não nutrem esperança de receber auxílio.

– Em 2000, outra grande enchente destruiu o interior da região. Somente três anos depois nos foi dada a possibilidade de sacar até R$ 10 mil sem juros – diz Rech, ao lembrar que apenas os açudes que irrigam as plantações saíram ganhando com a cheia.

O cultivo de hortigranjeiros foi o que mais sofreu com os alagamentos das lavouras. Alface, pepino, melão e moranguinho tiveram quase perda total. Beterraba, berinjela, cenoura, aipim e brócolis também estão na lista de prejuízos.

– Infelizmente, ao contrário da ajuda humanitária, o retorno para esses agricultores, como linhas de créditos, pode ser um pouco demorado – explica o responsável adjunto do setor de convênios da Defesa Civil, Delamar Jobim.

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Fonte:
Zero Hora

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