Grupo FV participou do 1º fórum sobre a Rota Bioceânica no Brasil

Publicado em 03/06/2022 10:00
O evento foi realizado na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, nos dias 26 e 27 de maio, e contou com a presença de autoridades nacionais e internacionais

Aconteceu no último dia 26 e 27 de maio, o 1º Fórum “A Integração dos Municípios do Corredor Bioceânico”. O evento foi realizado na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, na capital Campo Grande, e contou com a presença de autoridades de diversos países, como Paraguai, Argentina e Chile, que discursaram sobre as inúmeras possibilidades de crescimento que o corredor trará.

O evento tinha como principal finalidade conectar esses países e falar mais sobre a Rota Bioceânica que vai ligar os dois maiores oceanos do mundo, o Atlântico e Pacífico.

Essa ligação encurtará distâncias entre mercados e colocará o estado de Mato Grosso do Sul como local estratégico da Rota.

O Corredor Bioceânico irá proporcionar o desenvolvimento local no Brasil, Chile, Argentina e Paraguai, pois será uma alternativa competitiva de escoamento de produtos para o mercado asiático por meio do oceano pacífico. Uma integração de países que terão uma alta demanda de investimentos públicos e privados, proporcionando geração de renda e crescimento unilateral. Regiões com o sudoeste sul-mato-grossense, norte do Paraguai, norte da Argentina e a região central Chilena.

Os destaques da abertura do fórum, foi a assinatura dos convênios de Cooperação Comercial, Econômica e Produtiva entre municípios do norte do Chile, norte da Argentina, Chaco Paraguaio e do Mato Grosso do Sul, Brasil e também a assinatura de “Cooperação Institucional para a Constituição de um Comitê de Promoção Turística” entre os mesmos municípios.

Tema da Palestra Grupo FV

Entre os representantes do Brasil que palestraram no fórum estava a diretora administrativa e financeira do Grupo FV, Rubia Cynara Kuhn, que foi convidada para falar sobre a experiência do grupo no Terminal Portuário na cidade Porto Murtinho.

A diretora participou palestrando no “Painel VI - Portos do Chile, da Argentina e do Brasil” com o tema “Porto Murtinho, a experiência da FV Cereais”. Em sua apresentação, falou que o sonho do Terminal Portuário começou em 2018, concretizando-se em 2019 e iniciando suas operações em 2020. Trata-se de um terminal totalmente apto a operar, NÃO É UM PROJETO, É UMA REALIDADE.

Na demonstração da movimentação do terminal destacou a crescente movimentação atual no escoamento de soja no terminal próprio, sendo que até o presente momento já são 455 mil toneladas contratadas com a expectativa de chegar a 600 mil toneladas neste 2022.

Rubia falou também dos benefícios do escoamento hidroviário da soja, mostrando dados importantes sobre a capacidade de escoamento, no qual um comboio de barcaças de 32 mil toneladas é equivalente a 865 caminhões. 

“Precisamos também falar sobre o custo, destacando que o frete hidroviário entre a mesma rota é cerca de 38% menor que do frete rodoviário. E falar também sobre a sustentabilidade, uma vez que não necessita de altos investimentos ou manutenção, causando assim menor impacto ambiental e oferecendo uma capacidade de movimentação muito maior do que já opera hoje. Importante também destacar que hoje é mais uma excelente alternativa para escoamento de grãos, frente as limitações e instabilidades do transporte rodoviário”, explicou a diretora.

Ainda sobre os diferenciais do Terminal Portuário do Grupo FV, a administradora falou sobre a estrutura nova, com equipamentos de alta performance e ainda destacou que o terminal é o único em Mato Grosso do Sul com capacidade de escoar grãos e outros produtos. “Temos a capacidade de operar grãos e outros produtos, tanto para importação quanto para exportação. Além de ser um recinto alfandegado com todos os licenciamentos para cargas em geral. Contamos ainda com uma área de 23 hectares disponível para expansão do terminal”, esclareceu.

“Outros diferenciais do Terminal é a parceria com o Sebrae para capacitação da mão de obra e fornecedores locais, algo importantíssimo para o desenvolvimento da população local, a localização estratégica em termos de oferta de grãos, com 2.500.000 toneladas de produção anual, oferecendo maior viabilidade logística de escoamento por Porto Murtinho. E ainda sobre o potencial de aumento de produção nesta região em mais de 300 mil toneladas”, finalizou Kuhn.

A diretora administrativa compartilhou com o público e autoridades presentes, os desafios enfrentados em 2021, como o calado do rio Paraguai, onde ocorreram alguns problemas de navegação. “Não foi uma questão impeditiva, somente limitante”. Destacou também as poucas ofertas de barcaças diante da competitividade entre os produtos SOJA X MINÉRIO, diminuindo a oferta para a soja. E sobre a não concretização da exportação de milho por Porto Murtinho por questões fitossanitárias, salientando que este é um desafio a ser superado por um futuro trabalho em conjunto.

Também falou sobre as oportunidades de importação de soja pela Rota Bioceânica, usando como exemplo a possibilidade da compra de soja do Paraguai (Chaco), onde já acontece um aumento de abertura de área para produção agrícola.  “A soja poderá chegar via rodovia, através da rota bioceânica, até o terminal de Porto Murtinho e poderá ser exportada, via hidrovia, para a Argentina”, comentou a diretora administrativa.

Por final foi apresentado um estudo da Stone X, empresa que presta consultoria de comodities para o Grupo FV, sobre o ranking dos países principais compradores de soja, milho e farelo e as diferenças no custo logístico entre as rotas portuárias de Maracaju/Paranaguá e Porto Murtinho/Argentina.

“Acreditamos que nosso Estado e sua crescente produção está limitada em escoamento se depender apenas dos terminais de Paranaguá e Santos. Além da dificuldade na oferta de transporte rodoviário, da instabilidade e aumentos recorrentes no valor de transporte, que acreditamos que continuarão crescendo. O Porto de Paranaguá tem estruturas antigas, limitações de calados e consequentemente de embarques, tornando-se um gargalo para o escoamento agrícola”, destacou Rubia em sua apresentação.

A diretora administrativa financeira do grupo FV finalizou agradecendo o convite e reiterando a importância da participação no fórum. “Sermos convidados para participarmos deste evento foi uma honra e de extrema importância para visualizarmos soluções logísticas via hidrovia, ferrovia e rodovias na abertura do mercado internacional para o Mato Grosso do Sul. Nos orgulhamos em saber que nosso terminal portuário é uma referência, que Porto Murtinho é o novo corredor logístico para o escoamento de grãos no MS e que as oportunidades de negócios pela movimentação via hidrovia podem ser ampliadas para diversos segmentos”, concluiu Rubia Cynara Kuhn.

Além da diretora do Grupo FV, participaram também os representantes dos demais portos pertencentes a Rota Bioceânica como a Empresa Portuária Iquique (Chile), Puerto Angamos e TGN (Complexo Portuário da Região de Antofagasta no Chile), Empresa Portuária Antofagasta (EPA - Chile), Terminal Internacional de Antofagasta (Chile), Terminal do Porto de Arica (TPA - Chile), Companhia Portuária de Arica (Chile), Porto de Barranqueras (Argentina) e Baden S.A. (Porto Multimodal de Concepción – Paraguai). O moderador do painel foi o ministro da Carreira Diplomática do Ministério de Relações Exteriores, João Carlos Parkinson de Castro.

Porto Murtinho, o Portal Oceânico!

Uma das cidades mais importantes dentro da Rota Bioceânica é a cidade de Porto Murtinho. O município está situado no sul da região Centro-Oeste do Brasil, no Pantanal Sul-Mato-Grossenses (Microrregião do Baixo Pantanal).

Estrategicamente localizado na fronteira com o Paraguai, possui como cenário principal a exuberância do Rio Paraguai.     

Com as futuras obras da rota Bioceânica, a cidade se transformará economicamente e será a porta de entrada da rota, encurtando distâncias entre mercados e posicionando o estado de Mato grosso do Sul no mundo.

Muitas obras já foram iniciadas em todos os países envolvidos na criação da Rota Bioceânica, mas a construção da Ponte Rodoviária Internacional sobre o Rio Paraguai, que liga Porto Murtinho e a cidade paraguaia de Carmelo Peralta, é uma das principais para a concretização desse projeto. 

Além da ponte, o município é banhado pelo rio Paraguai e conta com o Terminal Portuário Grupo FV Cereais. Uma alternativa ambientalmente viável e que já escoa muito da produção de grãos para Argentina. 

A Rota Bioceânica e o Grupo FV

O Grupo FV inaugurou, em 2020, o Terminal Portuário Grupo FV em Porto Murtinho, operando desde então com o transbordo de soja para a Argentina.

O Terminal dispõe de um terreno com 50 ha com 26 ha de área útil, sendo 500 m de frente para o Rio Paraguai. O Terminal do Grupo possui ainda 238.190 m2 de área útil e disponibilidade de ampliação.

Atualmente o terminal possui uma capacidade estática de 30.000 tons e capacidade de fluxo e embarque de 1.000 tons/hora para soja, milho e açúcar. Sequencialmente a FV irá implantar um barracão de 9.100 m2 para fertilizantes, assim como o aumento da capacidade estática de grãos para 60.000 tons com o potencial de movimentação de 2.000.000 tons/ano.

Outra informação foi sobre a futura movimentação de madeira no terminal portuário a partir de outubro de 2023. “O Grupo FV participou de um processo licitatório, com um contrato de 7 anos, para realização do transporte fluvial de madeira do terminal de Porto Murtinho que será exportado até Concepción-PY. 

Segundo Rubia, 70% da matéria prima que abastecerá a fábrica será oriunda do Brasil e 70% desta matéria será escoada pelo terminal em Porto Murtinho, com a estimativa e 12.000 m3/ano em movimentação.

Confira a participação do Grupo FV na íntegra:


Saiba mais sobre o Grupo FV: www.grupofvcereais.com.br

Fonte: Grupo FV

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