Ano Internacional do Cooperativismo abre portas para as novas gerações entenderem a importância desse modelo de negócios

Publicado em 21/08/2025 08:24 e atualizado em 21/08/2025 09:14
Sistema OCB e BASF destacam a importância do desenvolvimento do agronegócio através do cooperativismo

A Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) declarou o ano de 2025 como o Ano Internacional das Cooperativas, um reconhecimento que reforça a importância do cooperativismo na construção de um futuro mais justo e sustentável nos diversos setores em que o modelo está presente. O conceito, que surgiu em 1844 em Rochdale, na Inglaterra, se tornou uma potência.

No agronegócio brasileiro, o cooperativismo tem como meta atingir R$ 1 trilhão de faturamento e 30 milhões de cooperados até 2027, segundo informações do Sistema OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras).

Das 20 maiores cooperativas que atuam no Brasil e fazem parte do sistema, 13 estão sediadas no estado do Paraná. O estado, assim como os demais do Sul, é composto principalmente por pequenos produtores rurais, cujas propriedades têm tamanho médio de 50 hectares e produção diversificada, tanto para atender o comércio local quanto para subsistência.

Essa característica fortaleceu a necessidade de união entre os agricultores, que criaram técnicas inovadoras como o plantio direto. Além disso, levaram esses conhecimentos para novas fronteiras agrícolas, como o Centro-Oeste e, mais recentemente, o MATOPIBA, sigla que reúne os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.

“Os três estados do Sul, juntos, representam dois terços do cooperativismo nacional. Desse total, o Paraná corresponde a 30% do movimento econômico do cooperativismo brasileiro. Isso demonstra a força desse modelo e, dentro das perspectivas do Sistema, estimamos que ele atingirá R$ 300 bilhões até 2027 e R$ 500 bilhões em 2030”, comenta Robson Maffioleti, Superintendente do Ocepar, organização paranaense que integra a OCB,  durante o podcast Conversa de Cerca, transmitido pelo site Notícias Agrícolas.

O montante, independentemente do valor, é redistribuído para a base de cooperados, além de ser utilizado em investimentos diversos para o crescimento da organização. Dessa forma, o trabalho em conjunto e a busca por objetivos coletivos se tornam uma grande engrenagem de sucesso.

“Por ser competitivo, democrático e sustentável, o cooperativismo é um modelo que consegue ser resiliente mesmo diante dos mais diversos desafios. Sua solidez e a liquidez adquirida por meio de gestões competentes proporcionam segurança tanto aos produtores quanto aos parceiros, clientes e fornecedores. Isso garante equilíbrio ao longo de toda a cadeia e gera uma grande capacidade de adaptação, mesmo em situações complexas”, pondera Gustavo Bastos, Gerente Sênior para Acesso ao Mercado na BASF, que também participou do podcast.

Parcerias como essas se tornam ainda mais imprescindíveis em momentos complexos como o atual, marcado por juros altos, volatilidade nos preços das commodities e pressão comercial dos Estados Unidos.

“Um dos nossos maiores objetivos neste momento é fornecer insumos para que os cooperados se profissionalizem. Tanto que nosso braço de formação, o Sescoop, oferece 55 cursos de pós-graduação, pois estamos lidando com uma competição cada vez mais acirrada das traders ao redor do mundo”, explica Maffioleti.

“Nesse ponto, incentivar as novas gerações é essencial. Estamos vivendo a digitalização do agro, o que por si só já chama a atenção desse público. Na BASF, temos nos dedicado a levar a mensagem do cooperativismo aos novos agricultores. Ter este ano dedicado ao cooperativismo é uma grande oportunidade para nos ajudar a manter essa visão, de que esse modelo é um caminho para uma cadeia mais justa, justamente por ser um local de interesse coletivo”, conclui Bastos.

Para conhecer toda a atuação da BASF no cooperativismo e em outras áreas, acesse: https://agriculture.basf.com/br/pt

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Fonte: BASF

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