Getap Inverno 2025 vai premiar campeões de produtividade do milho inverno
A produtividade do milho e o avanço das práticas de manejo estarão no centro do Fórum Getap 2025, que acontece em 26 de novembro, em Indaiatuba/SP, e vai anunciar os vencedores da 5ª edição do Concurso de Produtividade no Milho Inverno 2025. O evento reunirá especialistas, produtores e consultores para debater tendências, compartilhar conhecimento e celebrar os agricultores que atingiram resultados de excelência na segunda safra.
A edição deste ano registrou um marco importante: 618 inscrições, número recorde considerando apenas as áreas de inverno 2025, com agricultores de 12 estados (BA, MA, SE, TO, PA, RO, MT, MS, GO, MG, SP e PR). Todas as áreas foram auditadas por empresas terceirizadas e certificadas pelo Getap.
Segundo Gustavo Resende Capanema, coordenador técnico do Getap, o crescimento contínuo do concurso reforça o engajamento dos produtores em aprimorar seus resultados. “Com todos as informações geradas com essas auditorias, estamos criando um grande banco de dados, um verdadeiro mapa do milho no Brasil e isso ajudará os agricultores na tomada de decisões mais assertivas”, destacou.
Entre os indicadores avaliados nas auditorias estão produtividade, população obtida, números e peso de grãos por espiga. De forma geral, a safra apresentou leve atraso na semeadura, sem prejuízo significativo ao ciclo produtivo. “De modo geral, o comportamento climático da safra foi positivo, equilibrando o pequeno descompasso no início do plantio e garantindo boas condições para o fechamento do ciclo produtivo”, explicou Capanema.
O idealizador do Getap e CEO da Céleres Consultoria, Anderson Galvão, destacou que o crescimento do projeto permitiu um passo inédito: a regionalização dos resultados.
“O crescimento natural da mostra do número de produtores inscritos e auditados permitiu que pela primeira vez esse ano no Getap houvesse a regionalização”, afirmou. As categorias agora são divididas em quatro blocos: Sul, Leste, Oeste e Norte, ampliando a precisão na leitura dos potenciais produtivos de cada ambiente.
Segundo ele, essa mudança era necessária diante da diversidade climática e operacional entre as regiões. “Se dentro de um mesmo estado as condições, as características de produção oscilam bastante, imagine entre o país como um todo, um país de proporções continentais como é o Brasil”, complementou.
Galvão adiantou que os números que serão anunciados no dia 26 mostram uma safra de desempenho histórico. “Produtividades, via de regra, foram excepcionais. Então sim, a gente tem novos recordes, seja do sequeiro, seja do irrigado. Níveis de produtividade, via de regra, bastante expressivos Brasil afora”, revelou.
Além de premiar os campeões de produtividade, um dos pilares do Getap é tornar pública a base de informações dos vencedores, algo que, segundo Galvão, é central para o avanço das tecnologias de manejo.
“Esse é um dos grandes propósitos de um projeto igual o Getap. Levantar e validar informações agronômicas desses manejos campeões e permitir que esta informação seja comunicada para que outros agricultores possam ter como base os números para calibrar o seu sistema produtivo”, afirmou.
Outro momento importante do evento será que, além de revelar os campeões do milho inverno 2025, também haverá homenagens aos vencedores do concurso Milho Verão 24/25, cujos resultados foram divulgados em maio.
Mercado: milho tem sido fundamental para preservar margens
Além da premiação, Galvão fará no Fórum uma análise de mercado, trazendo o cenário atual e as perspectivas para 2025/26. Ele destacou que, mesmo em um ciclo global de baixa de commodities, o milho tem sido essencial para garantir rentabilidade.
“Eu posso dizer que, sobretudo nessa safra 2024/25 e ao que tudo indica, também 2026, o milho vai ser um grande componente em preservar a rentabilidade do agricultor”, explicou.
O consultor ainda reforçou que a demanda doméstica tem sustentado preços acima da paridade de exportação. “Ela permite hoje que milho Brasil afora seja negociado acima da paridade de exportação quatro cinco até 8 R$ por saca, dependendo da região.”