Associtrus recebe denuncias de irregularidades no Leilão de Pepro de Laranja do dia 31 de janeiro

Publicado em 04/02/2013 11:43
Associação encaminhará documento à Conab questionando a validade deste leilão e solicitando que no próximo leilão sejam incluídas as laranjas colhidas em janeiro.
Desde o início da manhã desta sexta-feira (1º/02/2013), o telefone da Associtrus (Associação Brasileira de Citricultores) não para de tocar. São produtores, advogados, consultores denunciando a possibilidade de ter havido irregularidades no primeiro leilão realizado neste ano pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para equalizar preços e apoiar o escoamento da safra de laranja. As principais denuncias dão conta da participação de um grupo de especuladores que fizeram baixar o valor do leilão beneficiando apenas quem possuísse contratos de venda acima de R$ 6,10 quando a maioria dos pequenos e médios produtores possuem contratos de no máximo R$ 6,00. “A manipulação fez com que vários produtores fossem excluídos da possibilidade de vender o que restou da safra”, diz o presidente da Associtrus, Flávio Viegas. Ainda segundo denúncias, os especuladores entraram no leilão com um volume de laranjas considerando excessivamente alto para o atual período da safra. 

A Associtrus informa os citricultores de que as providências que cabem à associação já estão sendo tomadas através do encaminhamento das denuncias para a Conab, Ministério da Agricultura e outras autoridades, com o objetivo de averiguar as irregularidades ocorridas no leilão do dia 31 de janeiro. 

O que aconteceu? – No leilão do dia 31 de janeiro foram arrematadas 4.457.585 caixas de laranja a um prêmio de R$ 4,001/cx. O volume arrematado corresponde a 73,08% do total de 6,1 milhões de caixas ofertadas pela CONAB e o deságio foi de 27,25% no valor inicial do prêmio, em função do elevado interesse, que iniciou em 28 milhões de caixas. O custo dos subsídios aos cofres públicos foi de R$ 17,9 milhões. Em São Paulo, os citricultores arremataram prêmios para venda de 4.362.449 de caixas (72,7%) e em Minas Gerais para 95.136 caixas (95,1%). 

O leilão foi o décimo primeiro realizado pela Conab, graças às negociações da Associtrus e de outras entidades com o Ministério da Agricultura, para apoiar a comercialização de laranja nesta safra e reduzir os prejuízos aos citricultores decorrentes da ação das esmagadoras que negavam-se a adquirir a fruta dos produtores e impuseram preços inferiores a R$ 6,00 por caixa. Graças a estas medidas mais de 40 milhões de caixas adicionais foram processadas e um grande número de citricultores complementaram, através dos leilões, os preços para o mínimo de R$10,10 o que permitiu que pelo menos os custos diretos fossem cobertos garantindo a sua sobrevivência na expectativa que o CADE restabeleça a concorrência no setor e que os culpados sejam exemplarmente punidos.
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Fonte:
Associtrus

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