Estoque de suco de laranja brasileiro no mundo cai 30% em 2013/14

Publicado em 21/07/2014 10:43

Os estoques de passagem de suco de laranja (FCOJ 66 Brix) brasileiro no mundo em poder das companhias associadas da CitrusBR somaram 534 mil toneladas na temporada 2013/14, queda de 30,28 por cento ante o ano anterior, e devem recuar mais em 2014/15, previu nesta segunda-feira a entidade que reúne as indústrias do Brasil, o maior exportador global da commodity.

Leia a íntegra na Reuters

CitrusBR confirma redução de estoques

Os estoques de passagem de suco de laranja concentrado equivalente (FCOJ 66 Brix) em poder das empresas associadas à CitrusBR em 30 de junho de 2014 somaram 534 mil toneladas e são suficientes para 23 semanas de consumo, considerando uma média anualizada de 90 mil toneladas exportadas por mês.  A redução de 232 mil toneladas equivale a mais do que o consumo anual da Alemanha, segundo maior destino brasileiro. No mesmo período do ano passado, os estoques somavam 766 mil toneladas e a queda chega 30,28%. “Essa redução já era esperada, diante de um processamento estimado de apenas 851 mil toneladas na safra passada, com vendas na ordem de 1,135 milhão de toneladas, considerando mercado interno e externo”, explica Ibiapaba Netto, diretor-executivo da CitrusBR.

Para o próximo ano, a entidade acredita que os estoques devem chegar em 30 de junho de 2015 com cerca 364 mil toneladas, bem próximo ao limite técnico de 350 mil toneladas. Para tanto, a CitrusBR estima que a safra 2014/15 será de 308,8 milhões de caixas de 40,8 quilos para o cinturão citrícola que compreende São Paulo e Sul de Minas Gerais. Desse total, 50 milhões de caixas devem ser destinadas ao mercado interno e 259 milhões de caixas poderão ser processadas por empresas associadas e não associadas à CitrusBR. A produção total de suco deve ser de 973 mil toneladas, considerando um rendimento industrial de 265 caixas necessárias para a produção de uma tonelada de FCOJ. As exportações devem se manter nos mesmos níveis de 1,080 milhão de toneladas e mercado interno de 55 mil toneladas. “Nos últimos meses temos observado períodos longos de estiagem, que podem afetar a produção de fruta, mas por outro lado, a safra ainda está no começo e muita coisa pode mudar nas questões climáticas”, avalia Netto.

O dado confirma a tendência de queda nos estoques, que nos últimos anos se acumularam em função de dois períodos de superoferta nas safras 2011/12, com 428 milhões de caixas e na 2012/2013, com 385 milhões de caixas.

O levantamento de estoques é realizado por auditorias externas independentes em cada uma das empresas associadas e, posteriormente, consolidado por auditoria externa independente. Para se calcular o volume de suco brasileiro disponível para comercialização, as auditorias realizam a medição do suco físico em metros cúbicos e/ou por painel de controle. Também são calculados e somados os totais de suco em movimento, seja em caminhões ou navios. Soma-se ainda o volume de suco nos terminais localizados nas cidades de Santos (Brasil), Roterdã (Holanda) Ghent e Antuérpia (Bélgica), Flórida e New Jersey (EUA), Toyohashi (Japão) e New Castle (Austrália), bem como suco armazenado em tambores em terminais de terceiros nos locais de destino.

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Fonte: Reuters

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