Citrus: Safra 2016/17 pode ser novamente de baixa oferta e bons preços

Publicado em 04/01/2016 08:34

As primeiras impressões são de que a safra 2016/17 de laranja no estado de São Paulo e no Triângulo Mineiro será novamente de bons preços aos produtores. Isto porque não há expectativa de produção elevada e os estoques das indústrias devem fechar a temporada atual (em junho de 2016) no nível estratégico de 300 mil toneladas. As floradas ocorridas em agosto e setembro na maioria dos pomares foram abundantes, já que as plantas produziram pouco em 2015/16, e as condições climáticas favoreceram o “pegamento” das flores.

Contudo, em meados de outubro, as elevadas temperaturas causaram abortamento significativo de chumbinhos (alguns já com tamanho semelhante ao de uma azeitona), e praticamente não houve novas floradas, visto que o solo estava úmido – para a abertura de flores, é necessário que haja estresse hídrico.

Este cenário pode novamente resultar em oferta restrita de laranja e implicar em também nova redução dos estoques das indústrias paulistas. Segundo a CitrusBR (Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos), em publicação feita em dezembro, as indústrias do estado de São Paulo devem iniciar 2016/17 (em 1º de julho/16) com 300 mil toneladas de suco de laranja, em equivalente concentrado, queda de 41% em relação ao mesmo período de 2015. E, no final da próxima temporada (2016/17), esse número pode ser ainda menor. Destaca-se, porém, que o resultado efetivo não depende apenas da produção de laranjas em 2016/17, mas também do rendimento industrial e do desempenho das vendas.

De qualquer forma, com base em fundamentos disponíveis no final de 2015, vislumbra-se que, por mais um ano, a demanda industrial pode ser aquecida em uma safra de produção limitada. Se essas estimativas se confirmarem, os produtores podem receber propostas atrativas também na próxima temporada. Vale ressaltar, contudo, que uma parcela dos citricultores já negociou, em 2015, também as laranjas 2016/17. Todo esse cenário deve reduzir a oferta para o segmento in natura, que também pagaria mais ao citricultor. 

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Fonte:
Cepea

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