Quinzena da Citricultura: Como considerar o estoque real, por Paulo César Biasioli

Publicado em 24/08/2016 07:40
Paulo Celso Biasioli é Diretor Executivo Alicitros

COMO CONSIDERAR O ESTOQUE REAL global de suco de laranja, visto que a partir do embarque no porto de Santos, a cadeia da logística passa pelo engarrafador para, finalmente, ser entregue aos supermercadistas?

Em geral os engarrafadores detêm certo estoque baseados nas médias das recentes demandas, de maneira a não deixar seus clientes na mão. Dizem que este estoque já comprado, pode socorrer a demanda na Europa por de 3 a 6 meses!

SÓ A PARTIR deste tempo é que se espera uma alta significativa nos preços da tonelada do FCOJ – suco concentrado. Publicações já citam que as indústrias brasileiras estariam apontando para novos preços da tonelada por volta de US$ 2.300,00/t; acredito que já a partir de outubro as compras comecem a se realizar e, aí sim, teríamos uma visão mais claro da sede do mercado. Lembrando sempre que este acompanhamento é fundamental para os citricultores com contratos onde a participação é considerada.

ABSURDO DEIXAR ACONTECER o que aconteceu com os últimos embarques de limão para a Europa! Oito containers de limão tahiti exportados pelo Brasil foram reprovados pelas autoridades sanitárias devido à constatação de frutas contaminadas por cancro cítrico e que podem provocar embargos futuros.

Estas medidas são impostas para que o continente europeu não seja vulnerável à entrada da doença por lá e para proteger a citricultura espanhola e italiana.

QUALIDADE ACIMA DE TUDO, deve ser lema constante, principalmente para exportadores de frutas in-natura. Para as indústrias processadoras a atenção sempre existiu, pois, a Europa é, tradicionalmente, extremamente rigorosa nas especificações físico-químicas, microbiológicas, sensoriais e nos limites de resíduos de pesticidas nos sucos em geral e, da mesma forma, com frutas para mesa.

No fim as despesas que decorrerão desta recusa serão muito mais caras em comparação com cuidados e inspeções preventivas que, parece, não terem existido. Além de tudo, é duro passar a ter o nome queimado!

EL NIÑO FEZ estragos pelos lados da América do Sul, senão vejamos; no Brasil há duas safras de laranjas que a produções sofrem com impactos climáticos, da mesma forma a safra de uva argentina (40% a menos que a anterior) e a manga colombiana, a menor dos últimos 30 anos.

A irmã dele (a El Niña) é esperada para a partir do finalzinho de setembro começo de outubro, porém, com menor intensidade. Meteorologistas esperam que assim as estações sejam mais distintas e menos confusas.

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Fonte:
AliCitros

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