Dreyfus expandirá capacidade para suco de laranja em SP

Publicado em 21/03/2022 15:55

SÃO PAULO (Reuters) – A Louis Dreyfus Company (LDC) anunciou nesta segunda-feira o início da construção de novos tanques de armazenamento para suco de laranja em sua unidade de Matão (SP), localizada na maior região produtora de cítricos do país.

O projeto tem como objetivo aumentar a capacidade de produção e armazenamento de suco de laranja não concentrado (NFC, na sigla em inglês), produto de alto valor agregado, disse a companhia em comunicado.

O investimento, cujo valor não foi revelado, permitirá o armazenamento de 30 milhões de litros de NFC na unidade, o que aumentará a capacidade de produção para 300 milhões de litros por ano.

“Aumentar a produção e o armazenamento de NFC nos permite atender à crescente demanda por este produto de alto valor agregado, e reforça nossa posição como um dos três principais processadores e comercializadores globais de suco de laranja”, disse Juan José Blanchard, Head da Plataforma de Sucos da LDC.

Com a construção sendo iniciada neste mês, a expectativa é de que os novos tanques estejam em plena operação até o final de 2023.

O Brasil é o maior exportador de suco de laranja do mundo, mas vem enfrentando seguidas safras com problemas climáticos. A mais recente colheita foi afetada por seca e geadas.

As operações da Dreyfus, que atua no negócio no país há mais de 30 anos, estão totalmente integradas, com a gestão de mais de 25 mil hectares de pomares de cítricos estrategicamente localizados no cinturão citrícola do país, bem como três fábricas de sucos cítricos e um terminal no Porto de Santos (SP).

O projeto em Matão faz parte dos planos da LDC para expandir a comercialização de NFC na Europa, nos Estados Unidos e na Ásia.

Em 2020, a companhia iniciou a operação de sua frota de navios 100% dedicada às operações de transporte de sucos e produtos derivados, conforme o comunicado.

Antes disso, a Dreyfus já havia ampliado sua capacidade de armazenamento e de blendagem de NFC no terminal portuário e nas instalações de processamento de Ghent, na Bélgica.

(Por Roberto Samora)

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Fonte: Reuters

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