Citros: Pomar isolado é menos sujeito ao greening
Pomares de citros recém-plantados, pequenos e principalmente vizinhos a propriedades com greening se enquadram no perfil das áreas com maior incidência da doença no Estado. O greening é a doença mais devastadora da citricultura, conforme estudo divulgado na sexta-feira pelo Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus). O levantamento foi feito em 20 fazendas de 12 empresas, com perfis diferentes de tamanho, idade das plantas e tipo de manejo do greening.
Segundo o diretor do Fundecitrus, Antonio Juliano Ayres, quanto mais isolada a propriedade de outros pomares citrícolas menor a incidência da doença, pois ela está menos sujeita à chegada da Diaphorina citri, inseto transmissor da bactéria do greening.
É o caso de uma fazenda em Araraquara (SP), cidade com altíssima incidência da doença. Com apenas 72 mil plantas, a propriedade teve 6% das árvores erradicadas em 2005, quando começou o controle do greening.
MANEJO CORRETO
Com o manejo da doença, com inspeções periódicas e controle químico nos três anos seguintes, o porcentual pouco cresceu. "Essa propriedade tem um vizinho a três quilômetros de distância, o que comprova que o controle é eficaz e a fazenda é viável desde que a área seja isolada e com rigor de inspeção", diz.
Na mesma cidade, outra propriedade, de médio porte, foi praticamente dizimada, com um terço das plantas erradicadas, por fazer apenas três inspeções dos sintomas da doença e duas pulverizações/ano. "Para piorar, a área era cercada de vizinhos com citros e todas com casos de greening", diz Ayres.
Conforme Ayres, o greening atinge mais as plantas novas porque elas têm mais brotações, o que atrai mais o inseto transmissor. Já o tamanho do pomar influencia pelo fato de as áreas maiores serem geridas por grandes empresas ou produtores, com maior capacidade de controle da doença. "Mas o fator mais importante ainda é o momento que se inicia o controle: quanto mais cedo melhor", completa. (Estadão.com)
Fonte: Truman Broker