Período de colheita exige cuidados especiais com o cancro cítrico

Publicado em 06/05/2010 16:17
A movimentação no pomar cria o ambiente ideal para a disseminação da bactéria causadora da doença

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Com o início da colheita, agora em maio, os citricultores precisam estar atentos e intensificar a vigilância com o cancro cítrico, pois a movimentação dentro do pomar facilita a disseminação da bactéria Xanthomonas citri subsp. citri, causadora da doença. 
Se a bactéria estiver presente no pomar, ela pode se espalhar facilmente por meio do material de colheita, do trânsito de veículos e máquinas agrícolas e também pelo próprio colhedor. “O recomendado é redobrar os cuidados e fazer inspeções constantes”, afirma o gerente do Departamento Técnico, Cícero Augusto Massari. 
Medidas como a desinfestação do material de colheita, a pulverização de caminhões e veículos antes de entrar na propriedade e a queima de restos de colheitas, como folhas, galhos e frutos, são fundamentais para manter a propriedade livre da infestação do cancro cítrico. 
A utilização de bins nos limites da propriedade, evita a entrada   de caminhões no pomar para o carregamento, medida também  importante para evitar a proliferação da bactéria. 
“É preciso lembrar que as chuvas, que foram intensas no verão, influenciam no crescimento da doença, mesmo depois de decorridos meses de sua incidência, cita Massari”
O citricultor que encontrar plantas doentes deve interromper a colheita, entrar em contato com a Secretaria da Agricultura e eliminar o foco, conforme determina a legislação. As plantas doentes e as presentes em um raio de 30 metros devem ser erradicadas. 
Os interessados em receber orientações sobre medidas de controle do cancro cítrico podem solicitar a visita de um engenheiro agrônomo do Fundecitrus pelo telefone 0800 11 21 55 ou pelo site www.fundecitrus.com.br .

           
 Atenção aos sintomas

Durante as inspeções, os produtores devem procurar os sintomas do cancro cítrico, que podem aparecer em ramos, folhas e frutos.  Nas folhas, o primeiro sinal é o aparecimento de pequenas manchas amarelas circulares. Com a evolução da doença, as manchas se tornam marrons, circulares, podendo atingir alguns centímetros de diâmetro. 
Geralmente, o cancro cítrico induz lesões salientes nos dois lados da folhas, o que facilita sua diferenciação das demais doenças. Outro sintoma muito comum é o aparecimento de um anel amarelo ao redor das lesões da cor marrom. 
Nos frutos, a doença se manifesta pelo aparecimento de pequenas manchas amarelas e circulares, que, aos poucos, crescem e se tornam marrons. As manchas são salientes e semelhantes a verrugas. Já nos ramos, é possível identificar lesões pardas em forma de crostas.

           
O Fundecitrus
Em 33 anos de existência, o Fundecitrus é mundialmente reconhecido como exemplo de competência em suas ações para a sanidade dos pomares, combate às doenças cítricas e pesquisas. A atuação do Fundecitrus permitiu que 99% dos pomares não apresentassem sintomas de cancro cítrico durante os últimos dez anos. Estima-se que a política de combate à doença evitou  gastos equivalentes a R$ 300 milhões. 
O Fundecitrus também teve papel fundamental para que duas doenças até então desconhecidas que poderiam inviabilizar a citricultura brasileira – CVC (Clorose Variegada dos Citros) e MSC (Morte Súbita dos Citros) – pudessem ser controladas. Por meio de monitoramento rigoroso e trabalhos de pesquisas feitos em seus laboratórios ou por parceiros, com financiamento da instituição, é que se conseguiu não só controlar as doenças, como também tornar a citricultura competitiva.
Este ano, o Fundecitrus mudou sua estratégia de atuação no estado de São Paulo. As mudanças adotadas buscam maior enfoque na conscientização e educação fitossanitária, prestação de serviços e capacitação de produtores. Na área de pesquisa, o Fundecitrus ampliará o conhecimento, a difusão e a incorporação de tecnologias. Na área técnica, as visitas de agrônomos às propriedades, palestras, cursos e treinamentos serão intensificados.

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