Grupo paulista vai investir R$ 1,5 mi na citricultura baiana
Atraídos pela segurança fitossanitária da Bahia, estado declarado livre das doenças da citricultura pelo Ministério da Agricultura, os empresários Frederico Guilherme Ivers, Guilherme Corte Ivers e Mauro Fagote confirmaram na abertura da 32ª Semana da Citricultura, em Cordeirópolis, SP, que vão investir no Oeste da Bahia. Segundo Guilherme Ivers, inicialmente será investido R$ 1,5 milhão para a plantação de laranjas no município de Correntina, numa área de 300 hectares. As negociações estão sendo finalizadas com a Desenbahia, depois do que ele dará início às operações.
Nesta segunda-feira (7), o secretário Eduardo Salles, acompanhado pelo superintendente de Política do Agronegócio, Jairo Vaz, pelo diretor de Defesa Vegetal da Adab, Armando Sá, pelo diretor de Administração e Finanças da Desenbahia, Marco Aurélio Félix Cohin Silva, e pelo diretor presidente da Special Fruit, Suemi Koshiyama, visitou a indústria Citrosuco do grupo Fischer, onde explicou o motivo de sua visita à São Paulo: atrair novos investimentos na citricultura, especialmente na região Oeste, e a implantação de indústrias para a verticalização da cadeia produtiva da citricultura.
A comitiva baiana foi recebida pelo gerente da divisão de comercialização de frutas, Edson Luiz Rigoto, através do qual convidou o grupo Fischer para conhecer as regiões produtoras de citricultura na Bahia, que são o Território Litoral Norte, a Chapada Diamantina, região de Mucugê, o Vale do São Francisco e o Oeste. Além disso, fez contato com o diretor corporativo do grupo Cutrale, Carlos Viacava, que também foi convidado a vir à Bahia.
Segundo Eduardo Salles, a decisão deste grupo de investir na região Oeste é o primeiro passo que logo será seguido por outros grupos paulistas. A curto prazo, diz o secretário, a ideia é que seja implantada uma agroindústria ou que sejam feitas parcerias com antigas empresas do segmento, hoje desativas. A longo prazo, continua ele, o objetivo é implantar indústrias, com foco na citricultura empresarial do Vale do São Francisco e na região Oeste.
Além de ter grande potencial e áreas para crescer, tanto no Território Litoral Norte quanto no Oeste, a Bahia tem a grande vantagem de ser Estado reconhecido pelo Ministério da Agricultura como livre da Pinta Preta, Cancro Cítrico, Mosca Negra dos Citros, Morte Súbita e Greening, doenças que acometem os citros.
A produção de laranja na Bahia destaca-se nos municípios de Inhambupe, Itapicuru e Rio Real e Cruz das Almas. O cultivo do limão vem sendo realizado nos perímetros irrigados, destacando-se os municípios de Barreiras, São Desidério, Itaberaba, Prado, Caravelas e Juazeiro. Cerca de 60% da produção baiana é consumida in natura pelo mercado interno. Os 40% restantes, que vão para a indústria, sendo processados em Sergipe, no município de Estância, por falta de indústrias locais.
Geraldo Almeida Souza Alagoinhas - BA
Além das regiões acima citadas a Bahia tem outra que pode ser muito interessante para os empresários da citricultura que é o Extremo Sul, devido à sua proximidade com os portos e aeroportos de Ilhéus e Vitória, cortada pela BR 101, pluviosidade acima de 1500 mm, grandes extensões de terras disponíveis e uma extensa rede de rios que permite a irrigação.