Conab prevê produção de laranja mais magra em SP

Publicado em 04/11/2010 06:55
A produção de laranja no Estado de São Paulo, que reúne o maior parque citrícola do mundo, deverá alcançar 318,6 milhões de caixas de 40,8 quilos nesta safra 2009/10, segundo primeiro levantamento do gênero realizado pela Conab.

Antiga reivindicação dos produtores de laranja, a pesquisa estima que, do total, 1,9 milhão de caixas virão de pomares domésticos e 24 milhões de caixas serão perdidas, o que reduz o volume comercializável para 292,7 milhões de caixas, acima das projeções das indústrias de suco, que apontam para 285 milhões.

De qualquer forma, a projeção ratifica o cenário de redução da oferta da fruta, uma vez que mesmo as estimativas mais pessimistas mostravam produção comercializável superior a 300 milhões de caixas em 2008/09. A Conab, que fez o levantamento em parceria com a Secretaria da Agricultura de São Paulo, trabalha com o conceito de ano agrícola, enquanto as empresas de suco, com o de ano industrial. Assim, o que para a Conab é a safra 2009/10, para as indústrias já é o ciclo 2010/11.

Em tempos de demanda internacional por suco de laranja em queda, a redução da produção paulista, confirmada pela Conab mesmo sem a mesma base de comparação, colabora para sustentar as cotações da commodity sustentadas na bolsa de Nova York. Hoje o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deve ter novidades sobre a também menor safra da Flórida, cuja produção só perde para a paulista.

Ainda que o levantamento não permita comparações precisas, a Conab captou que a produtividade dos pomares paulistas serão de 1,7 caixas de 40,8 quilos por hectares, considerada baixa e provocada por problemas climáticos como chuvas na florada e seca na maturação. Os problemas levaram produtores e indústrias, que abastecem cerca de 35% de sua demanda com produção própria, a anteciparem a colheira. A pesquisa apontou que 83,4% da produção total de laranja esperada para a safra atual deverá ser destinada às indústrias de suco de laranja, e que apenas 16,6% das frutas deverão ir para a mesa dos brasileiros.

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Fonte:
Valor Econômico

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