Produtores cobram a construção de eclusas nas hidrelétricas

Publicado em 13/03/2012 12:20
O potencial agrícola de Mato Grosso é conhecido no mundo todo, mas esbarra na falta de alternativas para o escoamento da safra aos principais portos do país. Uma das saídas é a implantação de hidrovias. De acordo com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), o Brasil possui 44 mil quilômetros de rios, dos quais 29 mil quilômetros são navegáveis, mas apenas 13 mil são utilizados para este fim.

Em Sinop (norte de Mato Grosso), uma audiência pública será realizada nesta terça (13.03), às 19h30, para discutir a construção de hidrelétricas na região. O presidente da Aprosoja, Carlos Fávaro, participará da reunião para pressionar, juntamente com produtores rurais, os responsáveis pela obra para projetarem a construção de eclusas nas hidrelétricas. “Precisamos garantir que nestes rios haverá a possibilidade de termos hidrovias. Sem a previsão destas eclusas, a obra ficará mais cara posteriormente e poderá nem sair”, explica. Fávaro ressalta a preocupação em perder o modal mais eficiente e barato para escoar a safra mato-grossense.

O vice-coordenador da Comissão de Sustentabilidade Socioambiental da Aprosoja, Antônio Galvan, ressalta que, se estas ações não forem realizadas agora, o custo posterior será muito maior. “Se essas eclusas forem previstas agora no projeto das hidrelétricas, custarão 15% do que iriam custar para fazer depois que a obra estiver pronta”, explicou.

Em relação ao consumo de combustível, dados da organização norte-americana National Waterways Fondation (NWF), em conjunto com o U.S. Departamento of Transportation, mostram que para transportar mil toneladas por quilômetro útil (TKU) nas rodovias são necessários 15 litros de combustível, nas ferrovias, 6 litros, e nas hidrovias, 4 litros.

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Aprosoja

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