Logística: Falta de eclusas preocupa produtores em MT

Publicado em 24/05/2012 10:29
Os prejuízos à navegação hidroviária de Mato Grosso com a chegada do Complexo Hidrelétrico do Teles Pires-Tapajós tem preocupado o setor agropecuário do estado. O Movimento Pró-Logística de Mato Grosso protocolou um documento na Câmara dos Deputados defendendo a construção de eclusas na hidrovia do Teles Pires – Tapajós a partir do município de Sinop (MT) até Santarém (PA), com extensão de 1.576 quilômetros. O documento foi apresentado durante audiência pública, realizada na tarde desta terça (22), em Brasília.

De acordo com o coordenador executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz, a previsão é de que até 2014 cerca de 150 mil carretas trafeguem somente pela BR-163 em Mato Grosso, o que coloca a rodovia na condição de saturada, por isso a preocupação em buscar alternativas ao transporte da produção agrícola por meio da viabilização de outros modais.

O Movimento Pró-Logística - iniciativa de 15 entidades do setor produtivo mato-grossense – e presidido pela Aprosoja, aponta no relatório protocolado na Câmara que a região norte, área de abrangência da hidrovia Teles Pires-Tapajós, tem previsão de dobrar a produção de grãos nos próximos 20 anos, passando dos atuais 18 milhões de toneladas para 36, aproveitando as áreas de pastagens degradadas.

De acordo com o presidente da Aprosoja, Carlos Fávaro, o escoamento da produção agrícola de Mato Grosso, maior produtor de grãos do país, em direção aos portos brasileiros por meio de hidrovias pode impactar diretamente nos custos com frete. “Precisamos de hidrovias. Isto tornará o estado mais competitivo, e trará uma economia de R$ 8 a R$ 10, por saca, ao produtor, o que é bom não apenas para ele, mas para toda a economia do estado. Temos hoje o frete mais caro do mundo”, afirmou Carlos Fávaro.

Fávaro destaca ainda que a construção das eclusas nas hidrovias irá evitar um prejuízo entre 30 e 40%, se comparado aos casos em que não há planejamento adequado. Além disso, o presidente reforçou que dessa forma o empreendimento torna-se ambientalmente sustentável. “É mais viável já construir as eclusas agora na fase de obra da hidrelétrica”.

REDUÇÃO DE CUSTOS – Com a conclusão da pavimentação da BR-163, que liga Cuiabá a Santarém, no Pará, estima-se que o custo do frete entre Sorriso-MT até Santarém, por exemplo, reduza cerca de 35% em relação ao trajeto percorrido até o porto de Paranaguá, no Paraná.
A audiência contou ainda com a presença do presidente da Frente Parlamentar de Logística e presidente recém eleito da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado federal Homero Pereira (PSD/MT), representantes do Ibama, da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
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Aprosoja

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