Governo deve anunciar pacote para logística nas próximas semanas

Publicado em 07/08/2012 16:26
O governo federal vai anunciar nas próximas semanas um pacote de investimentos voltado à infraestrutura logística, afirmou o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, nessa segunda-feira (06), durante o Congresso Brasileiro do Agronegócio, em São Paulo (SP).

Segundo Coutinho, este conjunto de medidas será dedicado a melhorar as condições de estradas, ferrovias, hidrovias, com o objetivo de facilitar o escoamento da produção agropecuária. “O agro brasileiro é precioso, gerador de riqueza, emprego e renda, e melhorar a infraestrutura é um compromisso do governo”, disse.

A deficiente infraestrutura logística é um dos principais gargalos do setor, senão o maior, conforme ressaltou o presidente da Associação Brasileira do Agribusiness (Abag), Luiz Carlos Corrêa Carvalho. “O Brasil não vive um apagão logístico, a logística já está apagada.” Por sua vez, para o presidente da Cocamar, Luiz Lourenço, a solução só virá por meio de parcerias-público-privadas.

Coutinho falou também sobre os investimentos feitos pelo BNDES em grandes empresas brasileiras do setor de proteínas. “O objetivo é fortalecer a internacionalização delas”, justificou-se, acrescentando que o banco também tem interesse em investir em pequenas e médias agroindústrias, mas observou que a aproximação com estas empresas é mais difícil porque não são companhias de capital aberto. “A participação de fundos de investimentos nestas empresas seria benéfica, a fim de prepará-las para o ingresso no mercado de capitais.”

O presidente do BNDES pontuou, ainda, que o avanço do agro brasileiro passa por quatro elementos-chave: inovação, produtividade, criação e desenvolvimento de marcas e internacionalização. No que diz respeito ao tema compra de terras por estrangeiros, Coutinho assinalou que é preciso encontrar uma solução equilibrada para a questão, que preserve a soberania do País, dê segurança jurídica aos investidores estrangeiros e atraia capital internacional para o agro e outros setores da economia brasileira.

Na análise de Corrêa Carvalho, a falta de coordenação no governo federal para o desenho de políticas públicas integradas para o agro é um grave problema. Segundo ele, muitas decisões relativas ao setor rural estão fora da alçada do Ministério da Agricultura, espalhadas por diversas outras pastas. “Nós temos, por exemplo, quatro ministérios para tratar de temas do agro. Temos a pasta da Agricultura, a do Desenvolvimento Agrário, a do Meio Ambiente, com florestas plantadas e a da pesca também”, criticou.
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Sou Agro

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