Bienal: China quer investir em logística em Mato Grosso, antecipa Imea
A China pode vir a investir em logística no estado de Mato Grosso, mais precisamente no sudoeste do Estado. A informação é do superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária IMEA, Seneri Paulo, que acaba de voltar de Pequim, onde participou da Conferência Mundial de Pesquisa de Soja, de 11 a 15 de agosto. De acordo com o economista, não foi ventilado aporte de recursos, mas os chineses pediram projetos de viabilidade econômica para avaliação.
Esta foi a primeira vez que uma entidade rural fez apresentação sobre o Agronegócio na Conferência, na China. Os sojicultores brasileiros também foram representados pelo presidente da Aprosoja/MT, Glauber Silveira e pelo diretor executivo da entidade, Marcelo Duarte Monteiro.
Seneri admite que os investimentos em tecnologia de produção por parte da China surpreenderam a comitiva de Mato Grosso. Os chineses já tem tecnologia para produzir 5 mil quilos/hectare, o que de certo modo nos preocupa, é um risco que tem que ser analisado. Por outro lado, o que nos deixa animados é que mesmo com aumento de tecnologia, no curto prazo e até mesmo no longo prazo, a produção local não será suficiente para suprir a demanda interna, enfatiza.
Destaca que em função disso, o Brasil torna-se um grande parceiro da China. O Brasil tem um grande espaço a ser preenchido, mas não pode ficar achando que está em berço esplêndido pois a China já está criando opção número B e talvez até uma opção C, enfatiza. O grupo de Mato Grosso em viagem â China mostrou desafios e oportunidades do Agronegócio brasileiro e também procurou quebrar mitos na questões ambiental e
logística. A logística no Centro-Oeste está entre os assuntos que devem ganhar forte
repercussão na Bienal dos Negócios da Agricultura, a ser aberta na tarde de hoje
(19), em Cuiabá (MT).
A programação de sexta-feira (21), último dia do evento, abre com o Fórum de Logística e Renda, em parceira com a ABAG, do qual participarão debatedores da ABAG, Vale do Rio Doce, Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes-DNIT, Frente Parlamentar de Logística de Transportes e Armazenagem, Secretaria de Política Nacional de Transporte do Ministério dos Transportes e da Câmara Temática de Infra-Estrutura e Logística do Agronegócio do MAPA.
Um dia antes (20), será lançado em evento paralelo à Bienal, o Movimento Pró-Logística, que já conta com a confirmação de nove entidades locais. O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, que também prestigiará a Bienal, reconhece que os maiores gargalos logísticos para o agronegócio estão na região Centro-Oeste. Conforme o ministro, a solução dos problemas de logística, inclusive, está entre as prioridades de sua pasta até o final do ano. Conforme o MAPA, na tentativa de minimizar os problemas no setor, o governo federal tem apoiado ações e investimentos em expansão e otimização do uso dos portos, rodovias, hidrovias, ferrovias e da rede armazenadora, determinantes na
renda do produtor rural.
O resultado está materializado no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), ao serem inseridas obras importantes como dragagem dos portos, eclusa de Tucuruí (PA), Ferrovia Norte Sul, Ferrovia de Integração Leste-Oeste, Ferrovia de Integração Uruaçu (GO) - Vilhena (RO), Ferronorte, Ferroeste BR 364, BR 163, BR 158, BR 242 e BR 174.
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