Logística capenga
Se o Brasil quer competir, para ganhar, com os gigantes do mundo, precisa melhorar rapidamente a sua infraestrutura logística. Até entre os quatro países do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), o País tem desempenho ruim em todos os transportes, incluindo rodovias pavimentadas, ferrovias, dutovias e hidrovias.
A realidade...
Em quilometragem de rodovias pavimentadas, o Brasil fica em último lugar entre os países do Bric, adicionando nessa competição os gigantes Estados Unidos e Canadá. Enquanto aqui temos 212 mil quilômetros, Índia e China, por exemplo, têm, respectivamente, 1,565 milhão de km e 1,576 milhão de km.
Nua e crua
Também ficamos em último lugar em extensão de ferrovias, com 29 mil km. Perdemos para todos novamente: Canadá (47 mil km), Índia (63 mil km), China (77 mil km), Rússia (87 mil km) e Estados Unidos (227 mil km).
Mais PAC
Ainda serão necessários muitos Programas de Aceleração do Crescimento (PACs) para que o Brasil tenha uma infraestrutura que estimule a produção, o mercado e a movimentação de cargas, enfim, os negócios do comércio nacional e internacional.
Esqueceram de mim
Na assinatura do contrato da dragagem de aprofundamento do Porto de Santos (SP), no dia 30 último, depois que todos já estavam sentados e o primeiro orador chamado a falar, houve uma interrupção, e o mestre de cerimônia anunciou: chamamos para compor a mesa, também, o presidente do Conselho de Administração (Consad) do Porto de Santos, Augusto Wagner Padilha Martins. Ele também é o chefe de gabinete do ministro dos Portos.
Contradição
Se o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do Porto de Santos define o encerramento da atividade do Corredor de Exportação, no bairro residencial da Ponta da Praia, é inexplicável a intenção da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) de permitir que a Caramuru construa um píer junto ao Armazém 37 para movimentar graneis sólidos.
No meio do caminho tem
A desejada construção de uma via portuária que ligará a BR-470 ao Porto de Navegantes (SC) segue em standby. Osmari de Castilho Ribas, diretor-superintendente administrativo da Portonave S/A, aguarda a finalização da desapropriação dos imóveis que estão no caminho da obra.
Fio do bigode
Castilho garante que a Portonave mantém compromisso de arcar com R$ 12 milhões para a construção da via assim que o governo catarinense e a Prefeitura de Navegantes concluírem as desapropriações.
Vapt-vupt
Nem bem sentou na cadeira de vice-presidente do Conselho Deliberativo Associação Brasileira de Entidades Portuárias e Hidroviárias (Abeph) e Daniel Lúcio Oliveira de Souza, superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), já é cobrado. Empresários do Paraná querem que Souza amplie a participação dos portos do estado nas discussões de temas nacionais.
Dentro
O presidente da Companhia Docas do Estado do Espírito Santo (Codesa), Ângelo Baptista, afirmou que o Porto de Águas Profundas de Vitória foi contemplado no Plano Geral de Outorgas (PGO) dos portos.
Privilegiados
Apenas dois projetos ligados ao setor portuário, no Brasil, serão apresentados ao mercado belga, na viagem que o presidente Lula faz à Bélgica no próximo dia 5. São eles: Porto de Águas Profundas de Vitória e Porto do Açu (RJ), da empresa LLX do megaempresário Eike Batista.
Palanque I
Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e agora filiado ao PSB, em recente evento de empresários, na capital paulista, fez discurso empolgado dizendo que o Brasil não é o país do futuro, é o país do presente e precisa se desenvolver respeitando o meio ambiente e promovendo justiça social. Então, tá.
Palanque II
Para o secretário de Desenvolvimento do Estado de São Paulo, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), o Brasil tem carga tributária demais e investe de menos.
Agrotóxico anti-crise
Sérgio Amaral, ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do governo FHC, credita a firmeza com que o Brasil está passando pela crise financeira mundial à força do agronegócio nacional.
Partilha
Os municípios de Pernambuco querem que o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) gerado pelo Complexo Industrial e Portuário de Suape seja repartido entre todas as cidades do estado.
Bom passeio
Após completar 30 anos de incorporação à Marinha do Brasil no último dia 3 de setembro, a fragata Independência estará aberta à visitação pública no Porto de Santos (SP) neste sábado (3). A embarcação ficará disponível no Cais da Marinha, entre os armazéns 27 e 29, das 14h às 17h30, junto com as corvetas Jaceguaí e Frontin.
Mais dinheiro
O diretor adjunto do FMI, Murilo Portugal, entende que a capitalização dos bancos nos países desenvolvidos não foi suficiente para que o bom crédito volte para o setor produtivo.
Foice e martelo
De um país agrícola, a China está passando rapidamente para um grande país industrializado. No momento em que completa 60 anos de revolução, o país de Mao vive um intenso processo de urbanização.
Ponto de vista
Para o diretor do Departamento de Economia da Fiesp, Paulo Francini, o exportador brasileiro continua exportando impostos, como também já relatou ao PortoGente o presidente da Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal), Luis Cláudio Amaral.
Pururuca
O presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto, quer que a Organização Mundial do Comércio (OMC) garanta maior transparência em barreiras sanitárias e fitossanitárias. Isso eliminaria barreiras injustificadas, como as que o Brasil sofre.
Nonsense
Ao contra-argumentar a favor da exclusividade da operação da Petrobras no pré-sal, o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, em São Paulo, nesta semana, citou até uma passagem bíblica: “Pilatos perguntou a Jesus porque ele não se defendia e quem era ele. Jesus respondeu: Eu sou o caminho da verdade. E Pilatos de novo: e o que é a verdade? E Jesus não respondeu”.
Bomba armada
Para o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), Benedicto Moreira, o Brasil precisa reduzir os custos internos para uma competição internacional. Para ele, tarifas aduaneiras decrescentes, falta de barreiras não-tarifária, câmbio valorizado e custos crescentes são uma fórmula explosiva e perigosa.
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