INTERNACIONAL: Bloqueio continua em Rosário e Confederação Geral do Trabalho apóia a greve

Publicado em 30/03/2010 15:00

O conflito em terminais portuários localizados ao norte de Rosário, na Argentina - área de onde se envia quase 60% dos grãos do país – continua sem solução. As negociações continuam paradas e não permitem a reconstituição das taxas de estiva. A exigência enfrenta as empresas exportadoras e a cooperativa que concentra os trabalhadores do setor, que mantêm, desde domingo, oito terminais bloqueados.

A Cooperativa de Serviços Portuários e a empresa que realiza a estiva, nas cidades de Puerto San Martín e Timbúes, confirmaram que não houve reuniões ou qualquer progresso nas negociações. "Agora, a negociação está cortada, mas podemos retomá-la na medida em que não nos impuserem tarifas”, afirmou o líder da manifestação Herme Juárez.

As empresas oferecerem um aumento de 40% em pesos para 2010. Juárez se recusou a falar de números, pois acredita que “não é sério” revelar acordos através da imprensa. Herme Juárez é um homem-chave no conflito, já que cumpre dois papéis: líder da cooperativa e do Sindicato dos Portuários Argentinos Unidos (Supa). 

Juárez revelou que recebeu um telefonema de Hugo Moyano, líder da CGT – Confederação Geral do Trabalho, e que neste contato, Moyano expressou “apoio total” às medidas adotadas no conflito que se segue no país.

Caminhoneiros que esperam para descarregar mas não podem por conta dos bloqueios, encabeçaram suas próprias interferências nas áreas próximas e terminais portuários, impedindo a passagem de automóveis particulares. A intervenção policial ajudou a reordenar o trânsito.

Apesar do desconforto dos trabalhadores, a aliança entre portuários, caminhoneiros e produtores de óleo vegetal parece sólida. Essa aliança marca a criação do Sindicato dos Trabalhadores da Atividade Agroindustrial, do Transporte, da Estiva de Portos e Anteportos, apoiado por Moyano.

A Federação dos Estivadores Portuários Argentinos (FEPA) também apoiou a greve e fez uma advertência aos empresários afirmando que não há acordo “se realizarem medidas solidárias de ação direta” em portos diferentes.

A poucos dias do começo da descarga da colheita, permanecem sem operar por conta dos bloqueios a Cargil, Aceitera General Deheza, Dreyfus, Nidera, Terminal 6, Bunge, Toepfer e Minera Alumbrera.

Tradução: Carla Mendes

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Fonte:
Clarín.com

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