Falta logística de distribuição para escoar produtos no CE

Publicado em 03/05/2010 08:54
Marcos José de Arruda Garcia é outro exemplo entre os milhares de agricultores familiares que sustentam o setor rural no Ceará. Tendo como principal cultivo o café, no Maciço de Baturité, o pequeno produtor coordena a produção do grão com frutas, como o abacate, a laranja, a tangerina e a banana, e ainda, em menor proporção, com hortaliças. Em média são 15 sacas de café por ano e, mensalmente, dez milheiros de banana, cinco mil abacates e 500 unidades de laranja e tangerina, cada. "Dá tanto para comer, como também para comercializar", comemora. O café produzido, acrescenta, também é beneficiado, sendo torrado.

Segundo Garcia, a parte que é destinada à comercialização é enviada para o mercado da Capital e, atualmente, um grupo de 20 produtores da região realiza, quinzenalmente, a primeira feira de produtos agroecológicos de Fortaleza, dado que eles exploram a terra dentro do sistema de agrofloresta sustentável.

Apesar de já estar na atividade há pelo menos 15 anos, a maior dificuldade que ainda enfrenta é a logística de distribuição. "O atravessador é a única oportunidade. O ideal é que fosse uma relação mais justa", pontua o agricultor, acrescentando ainda que falta articulação dos pequenos produtores para atender o grande varejo.

"Uma alternativa tem sido a Base de Serviços de Comercialização dos Produtos da Agricultura Familiar, um incentivo do governo federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Agrário, com o apoio do governo do Ceará, que intermedeia a relação entre quem produz e quem quer comprar", acrescenta Garcia. "Porém, pela falta de recursos, não podendo adquirir caminhões para fazer as entregas, acaba fazendo com que, mais uma vez, a gente caia nas mãos dos atravessadores. Além disso, as linhas de financiamento ainda são de difícil acesso", emenda Garcia. Um outro incentivo, aponta o agricultor, são as compras diretas que as prefeituras fazem dos agricultores familiares. "Já existem recursos nas prefeituras para isso, cujo volume do que é consumido é definido em 30%", finaliza.

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Diário do Nordeste

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