Logística de transporte é tema do Fórum Estadão Centro-Oeste

Publicado em 04/05/2010 17:45

A logística de transporte e armazenagem existente hoje no país e principalmente no interior se opõe ao potencial da produção de grãos do Centro-Oeste. O tema foi abordado no primeiro bloco do Fórum Estadão Centro- Oeste realizado nesta terça-feira (0405), em São Paulo. O jornal publicará na quinta-feira (0605) um caderno especial sobre a região.

O presidente da Aprosoja/MT, Glauber Silveira da Silva, participou do primeiro bloco do evento ao lado de Reinhold Stephanes, ex-ministro da Agricultura, do consultor de logística da Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária (CNA), Luiz Antônio Fayet, e do diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Luiz Antônio Pagot.

“Temos que dar hoje aqui um recado sobre o quanto a logística ineficiente prejudica o desenvolvimento econômico e tira a renda tanto do produtor quanto da população”, afirma Glauber. O presidente da Aprosoja/MT pontuou que mesmo os modais de transporte em funcionamento precisam passar por um novo modelo de gestão. “Temos em Mato Grosso uma ferrovia em que o produtor paga praticamente o mesmo valor que o cobrado pelo frete rodoviário. Isso quando não chega a custar até 110% do transporte feito pelas rodovias. Isso precisa mudar”.

A necessidade de mudança no marco regulatório do sistema de transporte ferroviário teve a anuência do ex-ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. “Infelizmente, o modelo atual permite que a empresa imponha o preço do frete ferroviário visando apenas à própria necessidade de ganho”.

O consultor da CNA, Luiz Antônio Fayet, enfatizou a necessidade de investimentos no modal de transporte hidroviário. “Em apenas um rio, o Mississipe, os Estados Unidos transporta ao exterior 60% da produção de grãos, enquanto temos um potencial hídrico muito maior e quase não o utilizamos a nosso favor”.

Outro ponto discutido durante o debate interativo com o público foi o do mercado de fertilizantes. “O Brasil precisa importar 75% do que consome, quando temos a terceira maior mina de fósforo do mundo e ainda temos uma legislação que não favorece a exploração interna”, afirmou Stephanes.

O presidente da Aprosoja afirma que “isso evidencia que estamos transferindo riquezas, ao importar quase tudo que precisamos consumir nas lavouras para sermos o segundo maior produtor de soja mundial”.

A direção do Estadão informa que os eventos jornalísticos visam manter contatos diretos com o país, para a geração de conteúdo e idéias formadas por todas as regiões do país.

 

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Aprosoja

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