Bird: Brasil sobe no ranking de logística

Publicado em 16/09/2010 08:56
País saiu da 61ª para 41ª posição, mas precisa melhorar a alfândega
O Brasil avançou 20 posições no Índice de Desempenho em Logística (LPI, sigla em inglês) passando da 61ª , em 2007, para a 41ª este ano, mas ainda precisa combater muitos gargalos de infraestrutura e melhorar os serviços alfandegários e de fronteiras.

Em entrevista, o coautor e um dos idealizadores do ranking elaborado pelo Banco Mundial, o finlandês Lauri Ojala afirma que o governo deve pensar na cadeia logística de forma mais ampla, com um elemento da política econômica.

- A alfândega e agências que atuam nas fronteiras precisam ser mais eficientes e não se concentrar apenas na coleta de impostos.

Eles precisam ser verdadeiros facilitadores do comércio, da logística - explica o catedrático de Logística da Turku School of Economics, que esteve no Rio para o Fórum de Infraestrutura Logística do Brasil, realizado pelo Instituto Ilos.

E é exatamente a questão alfandegária que puxa o Brasil para uma posição mais baixa no ranking.

O país aparece no 82º lugar em relação a trâmites alfandegários, atrás de Uganda (44), República Democrática do Congo (59), Togo (75) e Benin (80).

Nos seis aspectos avaliados no estudo - alfândega, infraestrutura, tempo de chegada ao destino, competência logística, rastreamento e acompanhamento e embarques internacionais - o Brasil está relativamente bem, porque a capacidade operacional e a competência das pessoas do setor melhorou nos últimos anos, explica Ojala. Em 2012, próxima edição do ranking - baseado em questionários respondidos por mais de mil pessoas de 130 países - deve haver nova melhora brasileira, mas muito pequena, pois os primeiros colocados (Alemanha, Cingapura e Suécia) têm padrões elevados.

O estudo indica que uma boa estrutura logística tem mais efeitos comerciais do que a redução de impostos e tarifas, podendo elevar o PIB em 1% e o comércio em 2%. A cadeia logística é cada vez mais importante num país que cresce como o Brasil, mas é preciso agir rápido para equiparar a logística ao crescimento, afirma Ojala.

Fonte: O Globo

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