Argentina: Se agrava conflito no Porto de San Martin na Argentina
contra a empresa Mosaic no Porto de San Martin, um dos que compõe o complexo de portos de
Rosário, Argentina. Os trabalhadores portuários mantém bloqueado, desde a última sexta-feira, o
acesso à planta que a processadora de fertilizantes fosfatados e potássicos Mosaic mantém no
Porto San Martin, na Grande Rosário e ameaçam impedir, a partir de hoje ou amanhã toda a atividade nos 16 portos do pólo oleaginoso mais importante do país, instalado entre Timbúes e Arroyo Seco, ante a negativa da empresa em contratar a estiva da Cooperativa de trabalhadores Portuários de Porto General San Martin. “Esperemos que de parte da empresa cumpra o acordado e solucione o conflito, caso contrário vamos a aprofundar o protesto”, reiterou ontem Eduardo Quiroga, titular da Confederação do Trabalho (CGT) de San Lorenzo, um dos impulsionadores do protesto.
Por sua parte, a Câmara de Atividades Portuárias e Marítimas repudiou em um comunicado
que a cooperativa use o sindicato para pressionar às tomadoras de serviços, “dado que o Senhor
Hermes Juarez, presidente desta cooperativa, é secretário geral da agremiação”, uma dupla função
que é considerada “uma incompatibilidade”. Segundo a entidade, trata-se de “um conflito
com motivos comerciais, alheios ao reclamo de qualquer direito dos trabalhadores”. Quiroga apontou um suposto acordo realizado em 3 de maio último, quando se havia concordado que a cooperativa começaria a trabalhar na planta. Isto derivou para tensas discussões entre os diretores e a cooperativa,com o agravante de que Mosaic contratou outra empresa, com pessoal da localidade de Lima (Buenos Aires) para os trabalhos. No comunicado, a Câmara empresarial expressa uma “adesão ao princípio de livre contratação de provedores em todas as atividades desenvolvidas em nossos portos e complexos industriais”. Por sua parte, Gabriel Abbo, gerente da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de San Lorenzo disse ontem que esperam “que tudo seja solucionado, porque os outros terminais não tem nada a ver com o conflito”. Esclareceu que a Câmara “se mantém à margem e não tem postura a respeito, já que tanto a cooperativa como a empresa Mosaic são sócios da organização”. Segundo Quiroga, a greve se mantém e, se não houver solução, amanhã (quinta) a cúpula da CGT regional se reunirá para estabelecer os próximos passos do movimento.