Recebo um e-mail da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), presidida pela senadora Katia Abreu (DEM-TO), informando que a entidade realiza nesta terça um seminário para debater meio ambiente e produção de alimentos. Até aí, nada demais! O binômio é preocupação constante da entidade. O que é que há de interessante na história? A bancada de convidados. Vejam:
- deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ);
- Alysson Paulinelli; ex-ministro da Agricultura;
- João Paulo Capobianco, ex-secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente;
- a própria Katia Abreu.
Segundo informa a CNA, este é o primeiro de uma série de debates que a confederação pretende fazer. O encontro é aberto ao público (veja dados no fim do post). Qual tem sido a marca da CNA na gestão de Kátia Abreu, que reputo um dos melhores quadros da política brasileira? Fazer o que não fazem algumas ONGs que pretendem contar com a natural solidariedade — e ignorância — do público: ouvir o contraditório. Ora, é evidente que todos somos a favor da preservação da natureza, do belo, das coisas justas, do mico-leão-dourado e do jacaré do papo-amarelo (existe isso?). A questão é saber como conciliar as necessidades do desenvolvimento com a preservação.
E, nesse caso, não basta que ambientalistas façam um campeonato entre si para saber quem preserva mais árvores na consciência ou quem faz a melhor denúncia mundo afora. Também não basta que os produtores se fechem, numa atitude apenas defensiva, como se devessem ter vergonha de ser hoje o principal esteio da economia brasileira. É preciso ir para o confronto civilizado, para o debate.
É o que a CNA vai fazer mais uma vez hoje, num debate aberto ao público. A inscrição é gratuita. O seminário começa às 14h, na sede da entidade, em Brasília, no SGAN 601, Módulo K, Edifício CNA. Mais informações no site www.cna.org.br