Países decidem ação imediata em florestas

Publicado em 12/03/2010 07:37
Um grupo de 58 países reunidos ontem em Paris concordou em colocar para funcionar imediatamente um mecanismo para reduzir as emissões de gases-estufa por desmatamento -mesmo na ausência de um acordo global sobre emissões.
De quebra, elevou a verba disponível para a tarefa para US$ 4,5 bilhões, com a promessa de chegar a US$ 6 bilhões até maio. O dinheiro deverá ser investido em capacitação técnica e monitoramento de desmatamento tropical até 2012.
O objetivo da reunião foi estabelecer um mecanismo provisório para o Redd (Redução de Emissões por Desmatamento), uma maneira de incluir a proteção às florestas no combate ao aquecimento global e compensar os países tropicais por isso. Apesar de um acordo para controlar emissões não ter sido firmado na conferência do clima de Copenhague, em dezembro passado, a maioria dos países acha que o Redd pode ser implementado já.
Nações como os EUA, a Noruega, a França e o Reino Unido já haviam disponibilizado US$ 3,5 bilhões para ações de Redd. Ontem, a Alemanha, o Banco Mundial e a Finlândia também "coçaram o bolso", nas palavras do ministro do Meio Ambiente do Brasil, Carlos Minc, e colocaram mais US$ 1 bilhão.

"Frustrante"
Abrindo o encontro ontem, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, disse que as florestas precisam de financiamento agressivo. "Juntos, demonstraremos que é possível obter resultados mensuráveis e concretos, já neste ano, começando com a luta contra o desmatamento", declarou, chamando Copenhague de "frustrante". Ele reiterou seu apelo por uma taxa sobre transações financeiras, que poderia financiar o combate à mudança do clima. Em Paris, foi formado um grupo de países (Austrália, Brasil, Papua-Nova Guiné, Noruega, Cong e França) para mapear os projetos de Redd existentes e identificar quem precisa de recursos e quanto.
Segundo Minc, uma próxima reunião em Oslo, em maio, deve definir um grupo de oito países que poderá direcionar a aplicação do dinheiro e selecionar projetos -algo como o comitê que supervisiona o Fundo Amazônia no Brasil.
A verba será canalizada por instituições já existentes, como o Fundo Ambiental Global, do Banco Mundial, e a FAO (órgão da ONU para a agricultura).
Minc definiu o espírito da reunião: "É menos do que euforia, mas os países com floresta ficaram animados".
Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Folha de SP

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário