Manifestantes do Greenpeace interrompem votação de lei florestal

Publicado em 06/07/2010 15:29
Três manifestantes do Greepeace interromperam a sessão da Câmara dos Deputados durante as discussões sobre o novo Código Floretal. Elas foram retiradas do plenário a força por seguranças da Câmara após terem se negado a sair de maneira voluntária. Os seguranças seguraram as manifestantes pelos braços e pernas até conseguir retirá-las do plenário.

O protesto ocorreu no momento em que os partidos estavam se posicionando sobre o relatório do novo Código Florestal. Durante o protesto, elas seguravam um cartaz com os dizeres "Não vote em quem mata florestas". O relator do novo Código, o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) tentou impedir a retirada das manifestantes. "Essa é uma forma democrática de manifestação", disse. "Talvez não possam fazer isso nos países que representam", afirmou Aldo, numa crítica velada às ONGs internacionais.

Ontem Rebelo apresentou alterações em seu parecer sobre o Código. O parlamentar propôs retirar o poder dos Estados de reduzirem as faixas de mata ciliar ao longo dos rios. Dispositivo de sua proposta inicial, apresentada no começo de junho, previa que as unidades da federação diminuíssem ou aumentassem em 50% as chamadas APPs (áreas de preservação permanente) às margens dos cursos d'água.

Com o projeto de Rebelo, os rios com menos de cinco metros de largura poderiam ter a mata ciliar reduzida de 30 metros, o previsto pelo código atual, para 7,5 metros. Caso mantenha a proposta apresentada hoje, a faixa mínima fica em 15 metros.

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Fonte:
Folha de S. Paulo

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1 comentário

  • Telmo Heinen Formosa - GO

    Repórteres e povo em geral não sabem fazer distinção entre "Reserva Obrigatória" (Áreas de Preservação Permanente) e a "Reserva Legal". Temos que fazer um esforço hercúleo para libertá-los da ignorância. Achei ridículo, ontem em seu Programa João Batista serem confrontados um alto prócer do nosso Congresso e mentor das alterações no "Código Florestal" com um representante de uma representação iternacional, uma ongue holandesa das mais ordinárias. Embora justificavel do ponto de vista jornalistico de "ouvir os dois lados" - é ridiculo que o "outro lado" do nosso legislativo com mais de 500 membros tenha como "outro lado" para ser ouvido um representante do Greenpeace. RIDÍCULO!!!! Sugiro que da próxima vez seja escolhido alguem entre os jornalistas anti-nacionalistas que temos na Globo, Valor Econômico, Folha de São Paulo, Jornal do Brasil, Estadão, DCI e até da Agência Brasil que são nossos inimigos aqui dentro, porém mais fácil de desmacarar. Cadê as manifestações do Greenpeace na poluição do Golfo do México?

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