Mato Grosso produz quatro vezes mais CO
A perspectiva é de que o Estado continue nesta posição em setembro, mas a Defesa Civil prevê um alívio, pelo menos para os pulmões dos cuiabanos, já nesta semana.
O monóxido de carbono é um gás produzido pela queima de carvão e demais materiais ricos em carbono. É extremamente nocivo em grandes concentrações no ar e sua emissão está sendo acompanhada pela Defesa Civil em Mato Grosso devido ao aumento do número de queimadas e o risco que isso representa para a saúde pública. Mais de 113 mil queimadas foram detectadas por satélite em Mato Grosso este ano.
Em julho, o Estado emitiu 1,5 milhão de toneladas do gás. O número disparou para 6,3 milhões em agosto e, por enquanto, o mês de setembro já estima a emissão de 1,2 milhão.
De acordo com o superintendente da Defesa Civil no Estado, major Agnaldo Pereira, a área mais preocupante em Mato Grosso por conta do clima severo é a região do Araguaia, onde não chove há mais de cem dias. Ali, além da estiagem, há a fumaça atuando como fator agravante na saúde da população.
Entretanto, Pereira aponta que a segunda quinzena do mês deverá ser mais amena para o mato-grossense devido à perda de intensidade da massa de ar quente. Algumas chuvas já apareceram, como no Nortão, Cáceres e pequenas precipitações foram registradas em Várzea Grande e na região do Coxipó, em Cuiabá.
Para a Capital, aliás, Pereira prevê que a tal da “chuva do caju” deverá cair com força ainda esta semana. Ontem, por exemplo, ele citou que havia probabilidade de chuva em 80%. Outros sinais são os ventos que começaram a “bater” no final da semana passada.