Milho: logística ainda limita rentabilidade

Publicado em 08/12/2011 07:59
Alternativas para a melhoria do escoamento da safra de grãos no estado de Mato Grosso para diminuir os custos de produção foram o principal tema discutido durante a abertura do XI Seminário Nacional de Milho Safrinha, realizada no final da tarde desta segunda-feira, 21, em Lucas do Rio Verde-MT. O governador do estado do Amapá Camilo Capiberibe (PSB), presente no evento, apresentou a proposta de intensificação de ações para viabilizar o transporte fluvial por meio da utilização do Porto de Santana (antigo Porto de Macapá), localizado às margens do rio Amazonas.

“Nosso objetivo é otimizar o transporte fluvial, criando mais uma alternativa para aumentar a competitividade e, quem sabe, promover ainda mais o desenvolvimento dos estados de Mato Grosso e do Amapá”, disse. A proposta vem sendo vista com bons olhos pelo governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), que destacou que pretende realizar “a integração dos estados, por meio de alternativas para melhorar a logística de escoamento de grãos e oferecer maior competitividade aos produtores”

A redução do custo do frete, na visão de especialistas que debateram na abertura do seminário, é umas das principais estratégias para aumentar a rentabilidade de quem investe no plantio de grãos. Hoje, apesar da valorização do milho, o transporte e a armazenagem são os principais gargalos que limitam a competitividade do agronegócio brasileiro. O escoamento da safra, em sua maioria, depende do modal rodoviário e investimentos no transporte fluvial e ferroviário são as possíveis soluções em discussão. “Além de oferecermos condições de baratear o frete, investimentos maciços em ciência e em tecnologia trarão resultados ainda mais favoráveis aos nossos produtores”, afirmou o governador de Mato Grosso.

Lucas do Rio Verde, distante 350 quilômetros de Cuiabá, ocupa posição de destaque na produção de grãos, principalmente soja e milho. Segundo dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), em seu último acompanhamento da safra brasileira feito neste mês, a tendência é de aumento da área semeada com milho safrinha em decorrência da semeadura mais precoce da soja, “o que garante janela ótima para a semeadura do milho Segunda Safra”, destaca o documento. Mato Grosso vem ocupando a segunda posição na produção de milho safrinha no Brasil, com produtividade de mais de cinco milhões de toneladas por hectare e área plantada acima de dois milhões de hectares (dados do Imea; Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária).

O seminário, promovido pela Fundação Rio Verde e ABMS (Associação Brasileira de Milho e Sorgo), traz oportunidades de se discutir os gargalos e avanços para a cultura. Segundo o presidente da Associação, o pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG) Ivan Cruz, o evento apresenta inovações e os últimos resultados de pesquisa para a cultura. O XI Seminário Nacional de Milho Safrinha é uma realização da Fundação Rio Verde, com patrocínio da Aprosoja, Cearpa, Sicredi, Nitral Urbana, Bayer, Basf, Syngenta, Pioneer, FMC, Dekalb e Bio Gene. Apoiam o evento o Sindicato Rural e a Prefeitura Municipal de Lucas do Rio Verde.

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Embrapa

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