2011/12: Produção de milho é destaque nesta safra, diz Conab

Publicado em 05/06/2012 11:09
Os estudos do nono levantamento de grãos 2011/2012, realizado pela Conab e anunciado nesta terça-feira (5), indicam um crescimento de 53,1% na produção do milho segunda safra, o equivalente a 11,42 milhões de toneladas. Considerando as condições climáticas favoráveis e o fato de a colheita já ter se iniciado nos principais estados, acredita-se que a produção desta cultura, no próximo levantamento, seja ainda superior à previsão atual. A produção total de milho (1ª e 2ª safras) é estimada em 67,79 milhões de toneladas, que nesta safra supera a de soja, com 66,37 milhões de t.
        
Com relação à produção total de grãos, o estudo aponta para uma quantidade de 161,23 milhões de toneladas, 1 % inferior à obtida na safra 2010/11, quando atingiu 162,80 milhões de t. Esse resultado representa uma redução de 1,57 milhão de t. A maior redução é observada na soja (- 8,96 milhões de t) e no arroz (- 1,98 milhão de t). O recuo se deve, principalmente, às condições climáticas não favoráveis, principalmente no período entre 15 de novembro/2011 e 15 de janeiro/2012, que afetaram mais as lavouras de milho e de soja, sobretudo nos estados da região Sul, parte da Sudeste e no sudoeste de Mato Grosso do Sul. Outro motivo desta diminuição foi a forte estiagem nos estados nordestinos, que causou perdas em todas as culturas. 
        
Na região nordeste, sobretudo no semiárido, a estiagem castigou a produção em geral, com queda de 20,2 % em relação à safra passada, ou seja, 3,2 milhões de t de produtos, basicamente de milho e feijão. Quanto ao semiárido especificamente, as perdas foram superiores a 80%. No Rio Grande do Norte, a redução ficou em 89,6% para o feijão e 91.9% para o milho e, no Ceará, 84,7%  e 87%, respectivamente.

Área

De acordo com o estudo, a área cultivada do milho segunda safra cresceu 22,0 %, ou 1,3 milhão de ha. Em seguida vem a soja, com ganho de 3,5% (856,5 mil ha). Já as culturas de arroz e feijão continuaram apresentando redução na área. O feijão, em função de problemas na comercialização, dificuldades climáticas na região Nordeste e dos preços baixos durante o estabelecimento da primeira safra. O arroz, pela falta de água nos reservatórios, aumento no custo de produção e preços pouco atrativos.
        
A estimativa total de área plantada é de 51,05 milhões de hectares, 2,4% maior que a cultivada na safra 2010/11, de 49,87 milhões de ha. Isto representa um aumento de 1,17 milhão de ha. 

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Fonte: Conab

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