Alta do milho no exterior pode provar desabastecimento no Brasil

Publicado em 02/08/2012 09:11
Mercado externo do milho aquecido está preocupando a cadeia da carne, sobretudo, da suína e de aves, no Brasil. O cenário é favorável para a produção da oleaginosa, mas pode ter reflexo negativo no mercado consumidor interno. “O risco é de desabastecimento e alta de preço dos alimentos a base de milho no Brasil”, segundo o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Homero Pereira (PSD-MT).

A preocupação motivou a reunião, nesta quarta-feira (01/08), com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro, e entidades do setor do agronegócio.
“Mostramos a necessidade de elevar o valor do Preço Mínimo do milho para fazer frente à demanda nacional. Com preços internacionais atraentes haverá um direcionamento natural da produção para mercado externo”.

De acordo com o parlamentar, só em Mato Grosso a previsão é produção de 15 milhões de toneladas, sendo dois milhões/t suficientes para minimizar a pressão sobre o preço local.

O valor de referência da saca de 60 quilos de milho hoje varia entre R$ 22 e R$ 24, dependendo da região. A cotação na bolsa de Chicago registra US$ 8,06 por bushel (medida de volume).  
Suinocultura – A demora na operacionalização da política de fomento à suinocultura, também foi abordada na reunião. De acordo com o presidente da FPA, a atividade enfrenta instabilidade nos preços. O ministro garantiu que ainda hoje o Conselho Monetário Nacional (CMN) irá aprovar as medidas. Dentre elas estão garantia de Preço Mínimo ao produtor, aumento de crédito e redução da carga tributária nos financiamentos.

Defensivos – Está proibida no Brasil a pulverização aérea de quatro ingredientes de defensivos agrícolas. Esta norma foi publicada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no dia (27.07), sexta-feira passada.  A autarquia argumenta que a pulverização está eliminando insetos polinizadores, em especial as abelhas. Os ingredientes restritos são Imidacloprido, Tiametoxam, Clotianidina e Fipronil.  

Para Homero, a medida tem viés ideológico contra a agricultura de larga escala. “Na prática, essas ações prejudicam a competitividade do setor econômico mais rentável do Brasil apenas por preconceito”, observou o parlamentar.

Participaram da reunião também os presidentes da Associação dos Produtores de Soja do Brasil e de Mato Grosso, Glauber Silveira e Carlos Fávaro, respectivamente; e o diretor executivo da Associação dos Criadores de Suíno de Mato Grosso (Acrismat), Custódio Rodrigues.  
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Fonte:
AI Dep. Homero Pereira

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