CNGOIC reduz previsão para importações de milho da China

Publicado em 11/06/2013 15:30

O Centro Nacional de Informações sobre Grãos e Óleos da China (CNGOIC) minimizou as previsões de um grande aumento das importações de milho do país, sinalizando o potencial para a produção nacional. Porém, o centro admitiu a possibilidade de mais compras de soja.

Wang Xiaohui, Diretor do  Departamento de Monitoração do Mercado da Estatal destacou a pressão sobre o país para aumentar seus suprimentos de milho, em face da demanda de rápido crescimento, tanto industrial, como doméstica. "O aumento na renda dos consumidores significa mais consumo de alimentos", diz Wang. 

Os chineses, sozinhos, deverão consumir 131 milhões de toneladas de milho em 2013/14, e a indústria 19 milhões de toneladas. No entanto, com a colheita nacional prevista para 214 milhões de toneladas, as importações seriam de 5 milhões de toneladas na próxima temporada. O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), no entanto, prevê que a China importe 7 milhões de toneladas em 2013/14.

Wang afirma que embora a forte demanda industrial e alimentação de gado aumente ainda mais a demanda, a produção nacional também irá aumentar muito para atender a maior parte da demanda extra.

A área de milho deverá crescer ligeiramente acima dos níveis atuais ao longo dos próximos 10 anos, com inovações em técnicas agrícolas melhorando os rendimentos, mesmo com as restrições que a China mantém às crescentes variedades geneticamente modificadas.

"A China ainda terá de importar 10 milhões de toneladas para fazer a diferença", diz Wang, um número bem abaixo dos 19,6 milhões de toneladas que o USDA prevê para 2022/23.

Soja - Wang prevê que a produção de soja da China continuará a ser limitada por lavouras que são projetadas para diminuir em longo prazo, devido às restrições de terra do país. Ele também destacou os sinais de preços, observando que as mudanças para os preços da soja têm sido menores nos últimos anos do que as de milho e trigo. Com o consumo de grupos alimentares crescendo cerca de 3% ao ano, mais soja terá de ser importada.

Com informações do site internacional Agrimoney. 

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Por: Paula Rocha
Fonte: Notícias Agrícolas

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