Demanda chinesa por soja deve aumentar após rejeições ao DDG

Publicado em 26/12/2013 13:58 e atualizado em 27/12/2013 17:39

A demanda por soja na China, o maior comprador mundial, deve começar a aumentar depois que representantes do governo começaram a aumentar a fiscalização de ração animal derivada de milho, segundo a consultoria chinesa Shanghai JC Intelligence Co.

Inspetores chineses passaram a checar todos os lotes de DDG de milho (sigla em inglês para ‘grãos secos por destilação’) para localizar MIR 162, uma variedade de milho geneticamente modificada que o governo chinês não aprova.  

Oficiais de quarentena, em Shanghai, rejeitaram recentemente uma grande carga de DDG produzidos nos Estados Unidos, por conter uma variedade transgênica não aprovada. 

“Isso irá aumentar a demanda por farelo feito de soja, pois o DDG é uma proteína alternativa para a produção de ração animal”, afirmou Sylvia Shi, analista de uma empresa de pesquisa agrícola baseada em Shanghai. DDG, um subproduto da produção de etanol de milho, é usado para alimentar suínos, gado, frango e peixes. 

Quase 450 mil toneladas por mês de DDG deveriam ser enviados pelos EUA para a China entre janeiro e fevereiro. Mas esses carregamentos provavelmente serão adiados para abril, já que traders estão esperando para ver se o governo irá aprovar a variedade MIR 162. 

A Administração Geral de Supervisão de Qualidade, Inspeção e Quarentena, em Pequim, informou que até o dia 19 de dezembro já havia rejeitado 12 cargas regulares de milho dos EUA, totalizando 545 mil toneladas, pois continham MIR 162. 

As importações chinesas de DDG nos primeiros 11 meses de 2013 aumentaram 69% em relação ao ano anterior, chegando a 3,5 milhões de toneladas. 

Para o ano comercial que se iniciou no dia 1º de outubro, os embarques de soja devem aumentar 15% e atingir o recorde de 69 milhões de toneladas, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).  

Informações: Bloomberg

Tradução: Fernanda Bellei

 

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Fonte: Notícias Agrícolas

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