Milho: Tempestades de neve prejudicam transporte de grãos nos EUA e mercado fecha em alta

Publicado em 18/02/2014 18:02

Nesta terça-feira (18), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago encerraram a sessão com preços mais altos. Ao longo das negociações, as cotações conseguiram aumentar os ganhos e terminaram o dia com altas entre 4,25 e 5,00 pontos. O vencimento março/14 fechou o pregão cotado a US$ 4,49 por bushel.

Segundo analistas, a valorização nos preços é decorrente das tempestades de neve no meio-oeste norte-americano, que estão prejudicando o transporte da produção de grãos no país. Com isso, produtores acabam pagando mais para assegurar os seus estoques. 

Além disso, os números das inspeções de exportações, divulgadas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), também contribuíram para sustentar os preços na CBOT. Na semana encerrada no dia 13 de fevereiro, as inspeções dos embarques de milho dos EUA alcançaram 827,610 mil toneladas.

O volume é superior ao registrado na semana anterior, de 695,181 mil toneladas e, ao total inspecionado no mesmo período do ano passado, cerca de 246,722 mil toneladas. Já no acumulado do ano safra, as inspeções totalizam 16.124,161 milhões de toneladas, no ano passado o número era de 8.546,695 milhões de toneladas.

A preocupação com o clima no Brasil é outro fator que influencia positivamente os preços em Chicago. A seca e as altas temperaturas em importantes regiões produtoras prejudicaram o potencial produtivo das lavouras de milho e ainda comprometem o avanço da semeadura da safrinha. Em algumas localidades, as chuvas retornaram, mas os volumes ainda são insuficientes.

A situação climática brasileira também permanece dando suporte às cotações do cereal no mercado interno. Os preços já registram valorizações e, em algumas localidades, estão entre 30% a 40% mais altas do estiveram no pico da entressafra, conforme explica o economista da Granoeste Corretora de Cereais, Camilo Motter. Na BMF&Bovespa, os contratos do milho apresentam altas entre 0,62% e 1,44%, com o vencimento março/14 cotado a R$ 32,15. 

Paralelo a esse cenário, os estoques do Governo em patamares mais baixos, em torno de 1,8 milhão de toneladas, associada à demanda forte dão o tom positivo ao mercado. Ainda na visão do economista, a tendência é de preços mais altos para o cereal. 

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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