Milho: Incertezas em relação à safra brasileira impulsionam preços em Chicago e no Brasil

Publicado em 19/02/2014 18:00

Diante da demanda aquecida nos EUA e as incertezas em relação à safra brasileira, os preços futuros do milho fecharam o pregão do lado azul da tabela na Bolsa de Chicago. (CBOT). Ao longo das negociações, os vencimentos estenderam os ganhos e terminaram o pregão com mais de 4,5 pontos de alta nas principais posições. O dia também foi positivo na BM&F e as cotações registraram valorizações de mais de 4,74%. O contrato março/14 encerrou a sessão cotado a R$ 33,69.

Segundo o consultor de agronegócio, Ênio Fernandes, os investidores observam com mais atenção as condições climáticas no Brasil. A ausência de chuvas e as altas temperaturas afetam o potencial produtivo das lavouras do país e comprometem a implantação da safrinha em diferentes regiões.

Frente a essa incerteza sobre o tamanho da safra e, portanto, sobre o futuro das cotações, as vendas brasileiras seguem em ritmo lento. “No momento, o principal fornecedor de milho é os EUA. No Brasil, as origens não estão vendendo milho e na Ucrânia e Argentina a situação se repete. Isso promove compras em Chicago, o que sustenta as cotações”, explica o consultor.

Além disso, as estimativas de redução na área cultivada com o milho na próxima norte-americana também impactam positivamente os preços futuros. A expectativa inicial é que a área destinada ao cereal diminua 5%. Com isso, a tendência para o mercado, na visão do consultor, é de alta e o contrato setembro/14, cotado hoje a US$ 4,65 bushel, pode alcançar o patamar de US$ 5,00 /bushel.

Paralelo a esse cenário, o clima seco no Brasil também garantiu bons ganhos aos contratos do cereal, principalmente na BM&F. Com o foco na falta de chuvas, as principais posições da commodity apresentaram altas expressivas nesta quarta-feira. O consultor ainda destaca que, a diminuição dos estímulos à economia norte-americana e, consequentemente, a possível alta do dólar também exerce pressão positiva nos preços. 

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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