Na Bloomberg: China não tem previsão para aceitar milho MIR 162 da Syngenta

Publicado em 07/03/2014 14:43

O Comitê de Segurança em Biotecnologia da China informou que o país não tem previsões para completes seus testes de segurança da variedade de milho MIR 162, da Syngenta AG. 

O órgão, que fornece análises de riscos de organismos geneticamente modificado (GMO) para o Ministério da Agricultura, não recebeu instruções do governo para fazer novos testes. Eles também não informaram se as análises da variedade resistente a insetos estarão na agenda do comitê em breve. 

Segundo Peng Yufa, o cientista chefe do comitê, mesmo se um produto passar nas análises de riscos, o governo costuma considerar outros fatores, como comercialização e relações bilaterais, antes de ser aprovado.

As importações de milho na China caíram em janeiro, quando a China, segundo maior consumidor do grão, começou a rejeitar cargos dos Estados Unidos que continham a variedade MIR 162. 

O volume rejeitado já totalizou 887 mil toneladas, depois que o primeiro cargo contendo a variedade foi identificado em Shenzhen, segundo informações da agência de notícias Xinhua.                 

“A princípio, o comitê deverá participar de uma reunião no final de março, mas ainda não recebemos nenhuma notificação”, afirmou Peng, durante a Conferência Consultiva Política do Povo da China. Mesmo que a reunião aconteça e o MR 162 for um dos itens analisados, o produto ainda precisará pela revisão de 64 membros do comitê.

A agência de notícias Reuters informou no início do mês que a China iria aprovar a variedade ainda no primeiro semestre, citando o ministro da agricultura Niu Dun. Porém, ele não é membro do comitê e não é correto sugerir que ele está em uma posição em que pode afirmar que a variedade será aprovada, disse Peng.          
     
O Ministério da Agricultura da China já recebeu o material da Syngenta para avaliação. Porém, o comitê afirmou que a multinacional não enviou informações suficientes.  

“Os hábitos alimentares da China e seus ecossistemas são diferentes do ocidente, então não consideramos algo seguro apenas porque outro país disse que é”, afirmou Peng Yufa. “Precisamos de um maior entendimento da tecnologia de organismos geneticamente modificados”.    

Informações: Bloomberg

Tradução: Fernanda Bellei

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Fonte: Notícias Agrícolas

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