Milho: Governo libera 500 mil toneladas para leilão e regiões com problemas de abastecimento serão beneficiadas

Publicado em 17/03/2014 17:40

O Governo irá liberar cerca de 500 mil toneladas de milho em grãos dos estoques públicos, com a concessão de subvenção econômica, na forma de Valor para Escoamento do Produto (VEP). A portaria com os parâmetros para a realização dos leilões, que serão feitos pela Conab (Companhia Nacional do Abastecimento), foi divulgada no Diário Oficial da União, nesta segunda-feira (17). 

O produto deverá ser enviado para regiões com dificuldades de abastecimento e o governo pagará um determinado valor para os produtores rurais. Os criadores de animais como, frango, suíno, bovino, ovino, caprino, cooperativas de criadores e indústrias de ração do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Estados das regiões Norte e Nordeste e cidades do norte do estado de Minas Gerais serão beneficiados com os leilões. 

Já os preços de abertura serão definidos a partir da média dos valores praticados no mercado nos últimos cinco dias úteis que antecedem o anúncio das cotações dos leilões. E, de acordo, com a região que em o produto ofertado está depositado. Além disso, o VEP é fixo e deverá ser anunciado juntamente com o preço de abertura do produto em cada leilão. Após a comprovação do escoamento do milho para os destinos estabelecidos nos leilões, os valores serão devolvidos aos participantes. 

Na visão do consultor de agronegócio, Ênio Fernandes, os leilões não devem impactar os preços do cereal no mercado interno, já que, frente à demanda interna aquecida, o volume ofertado pelo Governo não é tão expressivo. Além disso, a safra de verão foi severamente afetada pela ausência de chuvas, especialmente nos estados de São Paulo e Minas Gerais. 

“E a safrinha também enfrentou problemas, na região de Rio Verde (GO) cerca de 15% foi plantada fora da janela ideal de plantio, depois do dia 28 de fevereiro. No Mato Grosso, esse percentual pode chegar a 25%, mas ainda temos que esperar e ver o comportamento do clima durante o desenvolvimento da safrinha. A tendência é que os preços do cereal no mercado interno se mantenham firmes”, afirma o consultor. 

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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