Milho: À espera do USDA, preços operam próximos da estabilidade na CBOT

Publicado em 28/03/2014 08:56 e atualizado em 28/03/2014 13:29

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho operam com ligeiras movimentações, próximos da estabilidade nesta sexta-feira (28). Por volta das 12h58 (horário de Brasília), os principais contratos da commodity leves valorizações, com ganhos entre 1,25 e 1,75 pontos. O vencimento maio/14 ainda se sustenta no patamar de US$ 4,93 por bushel.

Frente ao relatório de intenção de plantio nos EUA, que será divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) na próxima segunda-feira (31), os investidores adotam uma postura mais cautelosa. A expectativa do mercado é que a área destinada ao cereal na safra 2014/15 apresente uma redução para 37,53 milhões de hectares. Na temporada anterior, os norte-americanos cultivaram 38,59 milhões de hectares com o grão.

O departamento também irá anunciar os números dos estoques trimestrais de milho no país em 1º de março. O mercado espera que o número seja de 180,32 milhões de toneladas, contra 264,84 milhões de toneladas projetados em 1º de dezembro. Já no mesmo período do ano passado, os estoques eram de 137,17 milhões de toneladas.

Do lado fundamental, a tendência ainda é de firmeza para os preços em Chicago. A demanda pelo produto norte-americano permanece aquecida e, nesta quinta-feira, o USDA reportou as exportações semanais em 1.408.300 toneladas, na semana terminada em 20 de março. O número representa um aumento de 89% em relação ao percentual divulgado na semana anterior, de 745.800 toneladas.

Em contrapartida, outras origens como Brasil e Argentina também apresentam problemas. As vendas de milho brasileiro seguem em ritmo lento e no país vizinho, os agricultores enfrentam problemas internos e cambiais, que também dificultam a comercialização, conforme explicou o consultor em agronegócio, Ênio Fernandes.

E para completar o cenário, os participantes do mercado ainda observam as previsões de clima para os EUA. Para a próxima semana, a expectativa é que o clima fique mais quente em importantes regiões produtoras do Corn Belt, porém, o clima ainda é frio e no solo as temperaturas estão baixas.

BMF&Bovespa

Já na BMF&Bovespa, os contratos futuros do milho trabalham em campo misto nesta sexta-feira. Ainda de acordo com o consultor, os preços são pressionados pelo avanço da colheita do cereal em algumas regiões brasileiras, assim como, a queda no dólar.

No mercado interno, os preços do cereal também recuaram depois das valorizações de mais de 25% desde o início do ano. Por outro lado, ainda existe a preocupação com a safrinha, já que, devido às condições climáticas desfavoráveis, parte da safra foi cultivada fora da janela ideal de plantio.

Ambas as situações, tem sido refletidas na comercialização da safra brasileira que segue em ritmo lento. E, apesar dessa sazonal redução nos preços, Fernandes acredita que os produtores ainda terão oportunidades de vendas favoráveis e que os preços tendem a ficar mais firmes do que o ano passado.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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