Milho: Preços recuam em Chicago, mas se mantêm próximos de US$ 5,00/bu

Publicado em 08/04/2014 08:53

Nesta terça-feira (8), as cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) operam em baixa. As principais posições dão continuidade às quedas registradas no pregão anterior e, por volta das 8h39 (horário de Brasília) apresentavam perdas entre 2,75 e 3,50 pontos. O vencimento maio/14 era negociado US$ 4,96 por bushel.

Apesar dos fundamentos positivos, o mercado ainda é pressionado pelas previsões climáticas apontando um clima mais quente em algumas partes do Meio Oeste dos EUA. Para os participantes do mercado, se a previsão se confirmar, poderá contribuir com o avanço do plantio da safra 2014/15 norte-americana. A tendência é que a partir da metade dessa semana a temperatura suba e as chuvas diminuam.

Além disso, os investidores também estão atentos aos novos números de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que deve ser anunciado na próxima quarta-feira (9). Caso o relatório traga números mais consistentes, os preços podem apresentar nova valorização, mas ainda assim, segundo analistas, as cotações devem permanecer próximas de US$ 5,00 por bushel.

Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:

Milho: Na CBOT, preços recuam frente às previsões de clima favorável nos EUA

Após três sessões em alta na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho terminaram o pregão desta segunda-feira (7) com leves quedas. As principais posições da commodity exibiram perdas entre 1,25 e 2,50 pontos, mas se mantiveram acima do patamar de US$ 5,00 por bushel. O vencimento maio/14 encerrou o dia cotado a US$ 4,99 por bushel, recuo de 0,5% em relação á última sexta-feira (4). Desde o início do ano, as cotações já subiram 18% e na semana anterior alcançou o patamar de US$ 5,12 por bushel, maior nível desde julho do ano anterior.

As previsões climáticas indicando para um clima mais quente em partes do Meio Oeste norte-americano na semana, situação que pode favorecer o plantio do grão no país, pressionaram negativamente as cotações futuras. De acordo com informações divulgadas pela agência internacional Bloomberg, as temperaturas devem subir no Centro-Oeste dos EUA a partir do meio dessa semana e as chuvas diminuírem, favorecendo a semeadura do milho em várias localidades antes da retomada das precipitações no final de semana. 

Em contrapartida, os fundamentos permanecem positivos ao mercado de milho e como fator de suporte aos preços, as vendas semanais do país totalizaram 1.310,564 toneladas na semana encerrada no dia 4 de abril, segundo dados divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Na última semana, o número anunciado pelo órgão foi de 1.335,029 toneladas (número revisado). 

Ambos demonstram que a demanda pelo produto norte-americano está firme e estão bem acima do registrado no mesmo período do ano passado, de 267.851 toneladas. Até o momento, no acumulado no ano safra, que teve início em 1º de setembro, as vendas somam 23.721,666 toneladas, frente as 11.251,804 milhões de toneladas obtidas no acumulado no ano safra anterior.

Paralelo a esse cenário, os investidores também já se preparam para o próximo relatório de oferta e demanda do USDA, que deve ser anunciado nesta quarta-feira (9). Segundo o analista de mercado da Cerrado Corretora, Mársio Antônio Ribeiro, caso os dados do departamento sejam mais consistentes e demonstrem as perdas na safra brasileira, em função do clima adverso, os preços têm fôlego para apresentar nova valorização. “Ainda assim, as cotações devem ficar próximas de US$ 5,00 por bushel”, afirma. 

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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