Milho: Preços voltam a subir em Chicago e maio/14 recupera nível de US$ 5,00/bu

Publicado em 23/04/2014 12:44

Nesta quarta-feira (23), as cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) trabalham com volatilidade. Desde o início da sessão, os preços da commodity têm oscilado entre os campos positivo e negativo e, por volta das 11h50 (horário de Brasília) registravam mais de 1 ponto de ganho. O vencimento maio/14 era cotado a US$ 4,97 por bushel.

As notícias de clima nos Estados Unidos ganham força no mercado internacional de grãos neste mês, tradicionalmente marcado pela forte especulação climática. Por enquanto, as previsões indicam a ocorrência de chuvas para algumas partes do cinturão produtor norte-americano nos próximos seis a dez dias.

De acordo com informações do site internacional de meteorologia, AccuWeather, em Des Moines, capital de Iowa, a previsão de chuvas até o dia 29 de abril. Em Springfield, em Illinois, a previsão também é de precipitações até a próxima semana. Até o momento, o plantio do milho caminha de forma mais lenta nos dois estados e alcança 5% e 2% da área projetada, respectivamente.

Em todo o país, a semeadura do cereal alcançou 6% da área até o dia 20 de abril, conforme estimativa do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgado no início da semana. A média dos últimos cinco anos é de 14%.

No entanto, analistas destacam que apesar da diferença no percentual cultivado, os produtores norte-americanos conseguem plantar rapidamente em curto espaço de tempo. 

Do lado fundamental, o cenário é positivo aos preços do cereal, conforme afirmam os analistas. A demanda segue forte pelo produto norte-americano, nesta segunda-feira o USDA reportou as vendas semanais em 1.599 milhão de toneladas. O departamento também anunciou a venda de 240 mil toneladas de milho para o México, volume que deverá ser entregue no ciclo 2014/15.

Mercado interno

O cenário no mercado interno brasileiro segue inalterado. Com as cotações do cereal estáveis, mas em patamares mais altos do que os registrados no ano passado, a comercialização do milho segue em ritmo lento.

Frente às incertezas em relação à quebra na safra de verão e os problemas climáticos na safrinha, os produtores brasileiros seguem cautelosos na comercialização. É preciso ressaltar que boa parte da segunda safra foi cultivada fora da janela ideal de plantio, em função das intempéries climáticas.

Além disso, em muitas regiões produtoras, os agricultores reduziram a área cultivada, inclusive os investimentos em tecnologia. Diante dessa situação, já é esperada uma redução na produtividade das lavouras de milho safrinha.

Já os compradores, não estão agressivos e compram da mão pra boca, pois sabem que os produtores estão segurando o produto, mas terão que negociar mais adiante. Para este ano, a tendência é que as cotações do milho fiquem mais altas do que no ano anterior, no qual, em muitas localidades as cotações ficaram abaixo dos custos de produção.

Nesta quarta-feira, a saca é negociada a R$ 31,70 em Campinas (SP) CIF, recuo de 0,10 centavos em relação ao dia anterior. Em Campo Mourão (PR) e Uberlândia (MG), os preços se mantiveram estáveis em R$ 27,00 e R$ 27,50, respectivamente. Em Lucas do Rio Verde (MT), as cotações recuaram de R$ 19,50 para R$ 18,50, já em Cristalina (GO), as cotações passaram de R$ 25,00 para R$ 24,50.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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