Milho: Com previsão de clima favorável nos EUA preços recuam na CBOT

Publicado em 02/05/2014 12:39 e atualizado em 02/05/2014 17:24

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços futuros do milho trabalham em baixa no pregão desta sexta-feira (2). Ao longo das negociações, s cotações até esboçaram uma reação, mas não o movimento não se sustentou e, por volta das 12h09 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam perdas entre 5,75 e 8,50 pontos. O vencimento julho/14 era cotado a US$ 4,99 por bushel.

O analista de mercado da Cerrado Corretora, Mársio Antônio Ribeiro, as previsões de clima favorável nos EUA para os próximos dias tem contribuído para pressionar os preços em Chicago. De acordo com informações da agência internacional Bloomberg, o tempo mais seco e as altas temperaturas deverão favorecer o avanço no plantio, que até o dia 27 de abril estava em 19% da área, contra a média dos últimos anos e 28%, conforme os dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). 

Nas últimas semanas, as chuvas ocorridas em partes do Meio-Oeste norte-americano prejudicaram a evolução da semeadura do cereal da safra 2014/15. E diante desse cenário, os participantes do mercado já especulam sobre uma possível transferência de área de milho para a soja, caso as condições climáticas no país voltem a ficar desfavoráveis aos trabalhos nos campos.

Além disso, o analista também destaca que o maior rigor em relação às variedades transgênicas, especialmente a China, tem dificultado as exportações do produto norte-americano. "E isso tem provocado certa pressão no mercado, principalmente com a perspectiva de uma boa safrinha no Brasil. Com isso, o país deverá representar certa ameaça às exportações de milho dos EUA", explica Ribeiro.

No curto prazo, os fundamentos para o mercado de milho ainda podem ser considerados positivos ao mercado de milho. Entretanto, o analista destaca que,  volatilidade deve permanecer no mercado, uma vez que o plantio ainda está mais lento nos EUA e o clima ainda pode prejudicar o desenvolvimento das lavouras norte-americanas.

"O mercado ficará em compasso de espera e muito volátil até o próximo relatório de oferta e demanda do USDA, que será divulgado no dia 9 de maio", acredita o analista.

Mercado interno

No mercado interno, o quadro segue sem grandes modificações. De um lado, os produtores estão capitalizados e seguram as vendas, em praticamente todas as praças, o volume de negócios permanece lento. Os produtores esperam uma melhora nos preços devido à janela até o início da colheita do milho safrinha, conforme diz Ribeiro.

Na outra ponta, os compradores seguem cautelosos, adquirindo o produto da mão pra boca, para não ocasionar uma demanda e, consequentemente, uma alta nos preços do cereal. Entretanto, o analista sinaliza que as cotações do milho poderão apresentar nova valorização na primeira quinzena de maio, entre R$ 2,00 e R$ 4,00 por saca. 

"Situação que pode acontecer devido à menor oferta. Por mais que os compradores busquem comprar apenas da mão pra boca, a pressão deverá existir. A safra de verão é cada vez menor e, com isso, os estoques cada vez mais apertados até a safrinha", acredita o analista.

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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